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OPINIÃO | JANELAS SUSTENTÁVEIS 28 PERFIL Janelas sustentáveis como pilar da reabilitação energética A substituição de janelas ineficientes por soluções com elevado desempenho térmico traduz-se numa melhoria significativa da eficiência energética e do conforto térmico e acústico dos edifícios. Para além disso, trata-se de uma das intervenções mais fáceis e rápidas de executar no contexto de reabilitação urbana, sendo muitas vezes o primeiro passo para a renovação energética do edificado. António Batalha, gestor de equipa na Área de Inovação – Energia, na Direção de Sustentabilidade e Mobilidade na ADENE A transição energética nos edifícios passa cada vez mais pelas soluções aplicadas na envolvente, sendo as janelas um dos elementos com maior potencial de melhoria e inovação. Em Portugal, o parque edificado apresenta fragilidades significativas ao nível do desempenho térmico, acústico e da resiliência às alterações climáticas. Segundo dados do INE e da PORDATA, mais de 70% dos edifícios em Portugal foram construídos antes de 1990 e do estabelecimento dos primeiros requisitos legais relativos ao desempenho térmico. Este dado revela o enorme potencial de reabilitação e a importância de se introduzirem soluções eficientes e sustentáveis. É neste contexto que o CLASSE+, sistema voluntário de etiquetagem energética de janelas da ADENE, tem vindo a desempenhar um papel transformador. A etiqueta energética CLASSE+ permite distinguir janelas com melhor desempenho, promovendo a transparência do mercado e incentivando a escolha informada por parte dos consumidores. Desde o seu lançamento, o CLASSE+ já permitiu a etiquetagem de mais de 700.000 janelas, tendo contribuído para a dinamização da inovação no setor e incentivado os fabricantes a desenvolverem soluções com maior eficiência térmica e acústica e durabilidade. A RELEVÂNCIA DAS JANELAS NO DESEMPENHO ENERGÉTICO As janelas representam tradicionalmente um dos pontos mais vulneráveis da envolvente dos edifícios no que diz respeito à perda e ganho de calor, sendo responsáveis por até 30% das perdas energéticas num edifício. Em Portugal, com um parque edificado envelhecido, esta realidade torna-se ainda mais crítica. A substituição de janelas ineficientes por soluções com elevado desempenho ABRINDO CAMINHO PARA O FUTURO

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