BJ26 - Novoperfil Portugal

PERFIL 61 eficientes — nomeadamente de climatização, ventilação e renovação de ar — pode ser fundamental para garantir níveis adequados de conforto térmico e qualidade do ar interior, sem comprometer os elementos arquitetónicos a preservar. Esta estratégia permite equilibrar a preservação do património com os requisitos contemporâneos de habitabilidade e desempenho energético. É também importante sublinhar que a reabilitação, por definição, parte de uma lógica de continuidade e de valorização do existente. Ao manter a estrutura e os materiais que ainda cumprem a sua função, minimiza-se a necessidade de nova matéria-prima, reduz-se a produção de resíduos e, consequentemente, a pegada carbónica global da intervenção. Sempre que possível, deve-se reaproveitar elementos construtivos resultantes da demolição parcial, assim como recorrer a materiais de baixo impacto ambiental, com ciclos de vida mais sustentáveis. Finalmente, o desafio da reabilitação está precisamente em saber equilibrar o valor histórico e cultural das pré- -existências com soluções técnicas e construtivas que permitam responder às exigências do presente — construindo edifícios mais confortáveis, mais eficientes e mais resilientes, sem abdicar da sua identidade. Que materiais e tecnologias estão a ser utilizados para integrar elementos naturais em janelas e fachadas modernas? Na nossa prática, a escolha de materiais e tecnologias para fachadas e vãos está fortemente orientada pela performance energética e pela coerência com o contexto local. Quando se procura integrar elementos naturais no desenho, é fundamental garantir que a sua origem, comportamento térmico e durabilidade contribuam de forma positiva para o conforto interior e para a redução do impacto ambiental do edifício. Materiais com base em terra crua, argila, pedra natural ou fibras vegetais são bons exemplos de soluções construtivas que, além de responderem bem às exigências térmicas e higrotérmicas, apresentam uma pegada carbónica reduzida. A sua aplicação deve ser criteriosa e sensível ao local — privilegiando sempre matérias-primas regionais e espécies vegetais autóctones, quando se recorre a soluções que envolvem vegetação. Esta lógica de proximidade não só reduz os impactos associados ao transporte e ao processo industrial, como assegura uma maior adequação ecológica e funcional. A orientação solar dos edifícios e o comportamento térmico das fachadas são também determinantes na

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