8 Tarifas travam exportações de aço e alumínio A indústria metalúrgica e siderúrgica mundial enfrenta o aumento de tarifas, a transição energética e o excesso de capacidade instalada. Um estudo recente da Crédito y Caución prevê um abrandamento da produção global do setor, com um crescimento limitado a 2,2% em 2025 e a apenas 0,7% em 2026. A indústria do aço e do alumínio enfrenta nova pressão devido à imposição de tarifas que podem afetar 26 mil milhões de euros em exportações da União Europeia para os Estados Unidos, estima a Comissão Europeia. Alemanha e Itália são dos países mais expostos a este impacto. O Canadá, principal fornecedor de aço para os EUA, também sofrerá consequências significativas. Apesar destas dificuldades, a China deverá manter a produção estável, enquanto a Índia se destaca como principal motor de crescimento, com aumentos previstos acima de 6% até 2026. Paralelamente, o setor enfrenta o desafio da transição energética, que requer investimentos elevados e levanta dúvidas sobre a disponibilidade de energia limpa para manter a produção. A combinação de tensões comerciais, custos ambientais e excesso de capacidade está a desacelerar a indústria, com previsões de crescimento global de apenas 2,2% em 2025 e 0,7% em 2026. O equilíbrio entre sustentabilidade, competitividade e resiliência será fundamental para o futuro do setor. EDITORIAL Num ambiente instável onde as tarifas limitam as exportações de aço e alumínio e os crescentes impactos climáticos no setor da construção obrigam os fabricantes na Envolvente do Edifício a adaptar-se a iniciativas como o Pacto Ecológico Europeu, o Regulamento de Produtos de Construção ou um conjunto de normas de certificação internacionais como o Leadership in Energy and Environmental Design (para não falarmos dos novos códigos nacionais de construção sustentável), a capacidade de reinvenção dos próprios modelos produtivos é chave para o sucesso, e as empresas sabem-no. Nesta edição, acompanhe nos dossiers ‘Sistemas de Janelas e Fachadas’ e ‘Construção Sustentável’ as propostas inovadoras de algumas das mais conceituadas marcas que acompanham o mercado com soluções eficientes, sustentáveis e tecnologicamente avançadas. A propósito, consulte neste número mais uma edição do Especial ‘The Very Best’, que dá a conhecer alguns dos melhores produtos da Envolvente do Edifício em Portugal. Produtos que têm agora, e necessariamente, de satisfazer os novos requisitos regulamentares e as expectativas dos consumidores. Simultaneamente. A boa notícia é que estes últimos estão cada vez mais alinhados com as exigências ambientais: como pode conferir na rubrica ‘Especialista Em…’, que lançámos recentemente, “o desenho cuidado de fachadas, portas e janelas tem um papel determinante na promoção do bem-estar dos utilizadores e na melhoria do desempenho ambiental dos edifícios”. Segundo o arquiteto Frederico Roeber, a integração de materiais naturais e tecnologias passivas já não é “um exercício formal ou decorativo, mas uma estratégia consciente e contextualizada”. Porque, afinal, e como pode ler num artigo singular dedicado à neuroarquitetura, “num futuro que começa agora, já não se trata apenas de garantir eficiência e conforto para transformar a forma como vivemos, mas também a forma como nos sentimos.” Neste último número antes das férias de verão, é tempo de parar e refletir. Desejamos ao leitor que desfrute de experiências humanas em harmonia com a natureza. Boas férias e boa leitura! Construção holística centrada na experiência humana
RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx