BJ4 - Novoperfil Portugal

ENTREVISTA 75 PERFIL 90, contribuíram para um parque edificado deficiente ao nível térmico. Por outro lado, é visível o aumento dos padrões de conforto de qualidade de vida das populações que se reflete numa utilização irracional e desmesurada de energia, de forma a satisfazerem as suas necessidades. É necessário cada vez mais dotar os edifícios de soluções mais eficientes e que promovam, ao mesmo tempo as condições de conforto das pessoas, como por exemplo a obrigatoriedade de instalar energia solar térmica na construção nova e edifícios sujeitos a remodelação a 25% do imóvel desde 2006. De uma forma generalizada e de acordo com os dados do SCE (Certificação Energética dos Edifícios) do primeiro semestre, Portugal apresenta ainda um desempenho energético fraco, em que do total de 1263727 certifica- dos energéticos emitidos, a maioria pertence à classe C, 25,9% e D, 22,3%, E, 13,3 e F com 7,6%. Em suma, Portugal apresenta ainda um parque edifi- cado com enorme potencial para aumento da eficiência energética e melhoria do conforto dos seus utilizadores. De que forma(s) é possível – no caso das empresas – melhorar o desempenho energético das organizações? • Conhecerem o seu consumo É muito importante que as empresas tenham conhe- cimento do seu perfil de consumo. Os assessores energéticos da Axpo, através de um diagnóstico e auditorias ajudam as empresas na identificação dos processos onde existem desperdícios energéticos. Estes outputs, depois de trabalhados, ajudam na otimização do consumo e na diminuição dos custos. • Atenção ao preço da energia e duração do contrato de fornecimento Na fatura de eletricidade, o timing é tudo. A Axpo tem uma flexibilidade total, permite aos clientes contratar por três meses, quatro meses, 12 meses, 24 meses, 36 meses, numa “gestão ativa” que permite recomendar aos seus clientes que tipo de produto devem contratar e conseguir que tenham um preço o mais barato possível. • Poupar onde é possível Na Axpo, o mote é “o quilowatt mais barato é aquele que não se consome”. Portanto, é importante para empresas encontrarem formas de ter um consumo mais eficiente de energia nas suas diferentes operações e é nessa área que a experiência, formação e conheci- mento dos seus diferentes colaboradores pode ser útil. As nossas empresas têm apostado nesta área? Em que medida? Há cada vez mais empresas a apostar na eficiência energé- tica em Portugal, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Num país em que mais que 90% das empresas são PME’S, a gestão eficiente dos custos e a poupança são determinantes para que estas empresas possam sobre- viver num mercado altamente competitivo. Na área do autoconsumo fotovoltaico, por exemplo, tem havido uma procura crescente por parte das empresas, uma vez que este sistema garante uma redução impor- tante dos custos energéticos. Na área da iluminação e compensação da energia reativa também. Contudo, uma das principais dificuldades é a capacidade de financiamento das empresas para investir na trans- formação energética dos seus negócios. Este fator é um dos principais entraves à implementação de medidas de eficiência adequadas, que seguramente se irá acentuar durante a crise provocada pela Covid-19, e que afetará especialmente as PME’S. É por isso que financiamos os projetos de eficiência energética dos nossos clientes a 100%,

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