72 PERFIL PORTAS | MERCADO EM PORTUGAL A porta como processo evolutivo Desde os primórdios que as portas passaram a ser um elemento arquitetónico transversal a todos os projetos residenciais. Outrora, o projetista prescrevia a porta de entre um leque de opções que as empresas disponibilizavam. O consumidor atual já não procura a indústria que produz centenas de portas iguais, não aceita que a sua casa seja apenas mais uma, quer um produto personalizado, único e que se destaque. Tornou-se mais exigente, mais conhecedor das suas necessidades e das caraterísticas do produto que pretende. Procura no mercado um conjunto de caraterísticas às quais o fabricante terá que satisfazer, seja a nível de dimensões, de design, dos revestimentos, não descurando nunca a segurança e a sustentabilidade. A indústria tornou-se extremamente personalizada. Esta grande mudança no perfil do consumidor, faz com que os fabricantes já não possam produzir as quantidades em massa que produziam para ter em stock. À consciencialização do consumidor relativamente às necessidades que precisa, veio uma necessidade de digitalização das empresas. O recurso às novas tecnologias de informação tornou-se numa ferramenta indispensável para as empresas chegarem ao consumidor de modo a dar resposta a esta necessidade, de personalização por parte do potencial cliente e facilitar a escolha na diversidade de opções disponibilizadas pelo fabricante. A criação de uma ferramenta online, onde os clientes poderão, por eles próprios, personalizar a sua porta torna-se uma mais-valia aquando da escolha da porta da sua habitação. Exemplo: https://portrisa.com/pt/build-door Disponibilizando esta ferramenta ao público comum, o consumidor poderá instantaneamente solicitar o seu orçamento, traduzindo-se numa economia de tempo, uma vez que este pedido será mais específico e detalhado, dando ao mesmo tempo ao cliente, o poder de fazer essa customização do seu produto. A inovação não se traduz apenas nas adaptações ao processo de seleção e do pedido, são também precisas apropriações no processo de fabrico, exigindo maiores investimentos por parte dos empresários. Criação de novas e mais sofisticadas linhas de produção e recursos humanos cada vez mais especializados, são os maiores desafios para a indústria das portas. Esta adaptação ao mercado é vital ao desenvolvimento das empresas, tendo sempre como foco o cliente final. Qualquer empresa na indústria de portas consegue fabricar “uma” porta, mas fabricar “a” porta que o cliente idealizou é dos primeiros passos para se conseguir destacar num mercado tão competitivo como este. A DIGITALIZAÇÃO DAS EMPRESAS Uma outra problemática na indústria das portas em Portugal consiste na falta de digitalização das empresas. O consumidor hoje em dia antes de se deslocar a uma loja física para comprar a sua porta, fará uma pesquisa online para poder avaliar qual omelhor fabricante onde poderá comprar o que necessita, assim como procurar informar-se sobre o produto para poder tomar uma decisão pensada. Sendo uma porta um investimento não banal na segurança dos consumidores, os mesmos irão dirigir-se ao fabricante que lhes disponibilizar mais opções e provas de qualidade. É importante, de forma a responder a esta problemática, desenvolver a presença online das empresas, garantir que a informação sobre o produto que se vende está ao dispor de quem a procura. Disponibilizar provas de trabalhos anteriores, que sirvam como provas de qualidade, assim como disponibilização de informação e/ou documentos técnicos sobre o produto a sua certificação. Esta informação não só será útil para umcliente particular, mas tambémpara gabinetes de arquitetura, construção civil ou qualquer outro tipo de organização que participe ou desenvolva em grandes obras arquitetónicas. n Nuno Fernandes Diretor Comercial na PORTRISA Indústria de Portas S.A.
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