O atelier de arquitetura Conceito Arquitetos desenvolve há mais de 20 anos projetos únicos em Portugal, Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Este projeto em particular, resultou de uma reabilitação de um edifício de escritórios da década 70 com a possível função de coworking, embora na fase inicial de projeto a utilização não estivesse totalmente definida. Destacou-se a renovação da fachada que acabaria por se tornar o elemento mais marcante da arquitetura do edifício.
No início do século XX, as Avenidas Novas assinalavam uma viragem decisiva no tempo e no modo da expansão urbana da cidade de Lisboa para norte. A designação 'Avenidas Novas' surge na segunda década do século XX para identificar esta nova área da cidade, mas também novos estilos de vida em contraponto à cidade em torno do centro histórico.
Dotada de amplas artérias arborizadas servidas por uma boa rede de transportes públicos, acentuando a sua fluidez e modernidade. Surgiram novos bairros com moradias unifamiliares e imóveis de rendimento, ocupados por uma classe média, média-alta e alta em expansão. Em termos arquitetónicos foi marcada pelo ecletismo de Arte Nova, 'Estilo Português Suave' de Cassiano Branco. Associadas a um forte interesse imobiliário, atraiu investidores e tornou-se num dos eixos estruturantes de dilatação do centro funcional da cidade.
Cowork e smart work com capacidade para mais de 500 postos de trabalho, o novo espaço de cowork das Avenidas Novas é o maior da rede Idea Spaces que conta com outros espaços no Parque das Nações e no Palácio Sotto Mayor, também em Lisboa. Abriu portas num momento em que se redefine o modelo de trabalho do futuro e o cowork é uma realidade cada vez mais presente. Em resposta aos novos modelos de trabalho remoto e freelancers, os espaços de trabalho evoluem e adaptam-se aos novos estilos de vida. O edifício passou por um processo de reabilitação total. Tem uma área de 4.700 m² com mais de 30 escritórios privados, 18 salas de reuniões e eventos, uma sala de cinema privada e um terraço de 800 metros quadrados, onde nascerá uma piscina. O edifício tem estacionamento próprio, phone booths para chamadas privadas e dois pisos lounge para relaxar.
Tudo começou com o repto de renovar uma fachada de um edifício de escritórios dos anos 70, nas Avenidas Novas. Os materiais utilizados no edifício original – alumínios e grelhas – estavam desatualizado face à linguagem arquitetónica atual. A proposta foi alterar completamente a fachada e fazer um projeto com impacto, moderno e dinâmico que, contudo, se integrasse perfeitamente no restante edificado. Desde logo, "o proprietário aceitou a proposta e incentivou desde o início o conceito", refere Diogo Freire de Andrade que assina o projeto.
Logo desde início foi necessário encontrar um parceiro que aceitasse participar no projeto, desenvolvesse a solução técnica e acompanhasse a construção da fachada. A Reynaers desenvolveu a solução à medida e a execução e instalação esteve a cargo da FVL.
O principal desafio foi integrar uma solução de lâmina vertical no sistema de fachada que representasse o efeito de “onda” em toda a altura do edifício e cumprisse com a pressão de vento exigida
Aos bons desempenhos do sistema de fachada CW 60-SC (grampeada), foram adicionadas janelas projetantes para ventilação, sem vista de alumínio para o exterior, medida tão importante para a qualidade do ar interior, produtividade e conforto dos utilizadores.
Contudo, foram as lâminas de sombreamento, em forma de onda, que acabaram por se tornar o elemento mais desafiante, e propositadamente impactante, de todo o projeto. Desenhadas e implementadas estrategicamente para cortar o sol direto na fachada, e assim evitar o aquecimento excessivo interior, incutem à fachada um sentido estético arrojado, sem colidir com o restante edificado. Mais um passo rumo à sustentabilidade do património de Lisboa já que a par da eficiência térmica e acústica das soluções, o alumínio assegura o verdadeiro propósito da economia circular.
Ficha Técnica do Projeto
Instalador: FVL - Indústria de Caixilharia, Lda
Arquitetura: Conceito Arquitetos
Sistemas Reynaers utilizados:
- Janelas: CS 68 Folha oculta
- Fachadas: CW 60-SC
- Sombreamento: solução por medida
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