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Apelo do presidente da ANFAJE, João Ferreira Gomes, no VI Encontro Nacional do Setor das Janelas e Fachadas

Janelas e fachadas: “é imprescindível que as empresas portuguesas se unam cada vez mais”

Ana Clara19/10/2022

Após dois anos de interrupção, devido aos constrangimentos provocados pela pandemia Covid-19, a ANFAJE organizou o VI Encontro Nacional do Setor das Janelas e Fachadas, no dia 13 de outubro, no Auditório B4 da Concreta 2022, em Leça da Palmeira, com o mote ‘Continuar a construir o futuro do setor’. Revista Novoperfil foi media partner do evento.

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“É com o reforço da capacidade de liderança que a construção do futuro, neste ambiente de incerteza, será a nova normalidade", sublinhou João Gomes.

Durante todo o dia debateram-se temas essenciais para o setor em Portugal, nomeadamente, o futuro da construção, da eficiência energética e instalação de janelas em Portugal, a cooperação como alavanca da competitividade e sustentabilidade e a Construção 4.0: desafios, tendências e tecnologia.

Entre as várias intervenções ao longo da sessão, destaque para a de João Ferreira Gomes, Presidente da ANFAJE - Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes, na sessão de abertura, onde sublinhou o contributo “indispensável” das empresas para a realização do Encontro e para a atividade da ANFAJE, “ajudando a reforçar o associativismo do nosso setor”.

Dois anos depois da pandemia, o evento regressou para reafirmar a “importância do setor das janelas, janelas, portas e fachadas, da melhoria do conforto, da qualidade e da eficiência energética dos edifícios portugueses”. Um encontro, frisou João Ferreira Gomes, que se realiza num ano de “enormes incertezas quanto ao presente e ao futuro”. “Apesar de termos iniciado o ano de 2022 com boas perspetivas para a atividade do setor, com o deflagrar da guerra na Ucrânia e esta ‘nuvem negra’, surgiram várias incertezas sobre as perspetivas macroeconómicas para os países da Zona Euro, com especial preocupação para a trajetória de desempenho da economia portuguesa”.

Problemas e desafios, recorda o Presidente da ANFAJE, aos quais se acrescentam, “de forma preocupante, o aumento dos custos das matérias-primas e o crescente galopar dos custos da energia”. Novos obstáculos “que começaram durante este ano a afetar as empresas do nosso setor, comprometendo prazos, sacrificando a rendibilidade e a competitividade da produção de janelas e fachadas”. A somar a todos estes desafios, “continuamos a ter a escalada dos custos da inflação, a subida das taxas de juro e a carestia do custo de vida”. E João Ferreira Gomes não tem dúvidas, todos estes fatores vão ter impacto negativo na atividade das empresas e do setor em 2023.
Encontro da ANFAJE decorreu durante todo o dia 13 de outubro, na Concreta, com mesas redondas e workshops
Encontro da ANFAJE decorreu durante todo o dia 13 de outubro, na Concreta, com mesas redondas e workshops.
Face a isto há, por outro lado, a construção do futuro, como lhe chama o responsável da ANFAJE, que, em sua opinião, “continuará a fazer-se através do reforço da capacidade das nossas empresas em várias áreas”. Como exemplo, elencou, destaque para o reforço da capacidade de inovação dos produtos e dos processos, para o aumento da qualificação e requalificação dos trabalhadores das várias áreas, para a retenção e a atração de novos talentos e uma maior capacidade de liderança das nossas empresas.

“É com o reforço da capacidade de liderança que a construção do futuro, neste ambiente de incerteza, será a nova normalidade. Por isso, sabemos bem que, no contexto atual, as nossas empresas devem continuar a apostar nas oportunidades relativas às novas exigências de redução dos consumos energéticos, à melhoria da eficiência energética dos edifícios através das atuais e novas políticas públicas e das novas normativas europeias em matéria de sustentabilidade, ao aumento da qualidade e dos requisitos relativos à instalação de janelas eficientes e no que respeita a outros desafios relativos à digitalização.

João Ferreira Gomes não tem dúvidas, neste quadro de incerteza permanente, “é imprescindível que as empresas portuguesas se unam cada vez mais, ultrapassando conjuntamente os problemas de fundo”.

Relevância das janelas e fachadas no PRR

Destaque igualmente para a intervenção de Reis Campos, Presidente da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, que sublinhou que “o futuro da fileira da construção e imobiliário, onde se integram as janelas eficientes, é uma matéria da maior importância para o nosso tecido empresarial mas também para toda a sociedade”. “Foi-lhes atribuído, na estratégia europeia, um papel central de recuperação e resiliência. À escala nacional, temos em curso o grande desafio da implementação do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, com uma dotação inicial de 13,9 mil milhões de euros, com um acréscimo de 1,6 mil milhões e outro e 2,7 mil milhões (em regime de empréstimo), ou seja, estamos hoje a falar de um total de 18,2 mil milhões de euros, que terminará em 2026”, relembrou.

Reis Campos destacou a importância do PRR para o setor das janelas e fachadas em Portugal
Reis Campos destacou a importância do PRR para o setor das janelas e fachadas em Portugal.

Para Reis Campos, “as nossas empresas são, de facto, determinantes para a execução deste Plano” lembrando que a habitação é o maior vetor individual em causa no PRR, sendo que representa 1583 milhões de euros em subvenções e 1125 milhões em empréstimos, além da eficiência energética em edifícios com 610 milhões de euros alocados. Dado tudo isto, “o setor das janelas e fachadas terão aqui grande relevância”, realçou o responsável da CPCI.

O VI Encontro Nacional teve o patrocínio das empresas associadas da ANFAJE, Soudal Portugal, Deceuninck, Caixiplás e Salamander.

Recorde-se que, no final do Encontro da ANFAJE, teve lugar a entrega de Prémios Novoperfil – Janelas Eficientes.

Edição N.º 9 da Novoperfil esteve em distribuição no Encontro. A nossa revista foi media partner do evento
Edição N.º 9 da Novoperfil esteve em distribuição no Encontro. A nossa revista foi media partner do evento.

“Ajudar os associados a trabalhar com mais qualidade, de forma mais competitiva e antecipando as necessidades do mercado”

Diogo Gomes, Coordenador do Conselho Estratégico da ANFAJE, encerrou o Encontro, começando por convidar a plateia a fazer um exercício de retrospeção e a pensar se, "durante o vosso percurso, alguma vez viveram um período como os últimos 2/3 anos". "Alguma vez tiveram de enfrentar tantos e tão diferentes desafios, num espaço de tempo tão curto? Sem dúvida que a palavra-chave deste Encontro Nacional é desafio", disse.

Relembrando as dificuldades que a pandemia trouxe, recordando que "depois da tempestade veio a bonança", com uma "recuperação a um ritmo alucinante, que era muito difícil de acompanhar", e pautada por "falta de capacidade produtiva, falta de mão de obra (pessoas dispensadas e emigradas no tempo da Troika) e falta de matérias-primas".

O resultado, realçou, "foi um aumento dos prazos de entrega para níveis nunca antes vistos. 3 meses? 4 meses? 'Demora mais que vir da China', diziam alguns clientes. Algumas empresas demoraram mais tempo a aumentar a capacidade, outras menos. O ano 2021 foi para uma grande parte das empresas um ano recorde. Parecia que estávamos finalmente a conseguir estabilizar, até que: em fevereiro de 2022 a Rússia invade a Ucrânia. Desta vez não se puxou logo o travão de mão. Os preços aceleraram uma escalada que já vinha de trás, e bateram todos os recordes, ao ponto de tornarem novos investimentos menos interessantes, principalmente no imobiliário. Para isso contribuiu também um aumento das taxas de juro, na tentativa de controlar a inflação. E neste momento é cada vez mais consensual que teremos um período de recessão. Durante quanto tempo? É incerto. Ninguém sabe".

Diogo Gomes disse, nesta linha, que certezas, apenas as que o Encontro debateu, como a 'transição energética – energias renováveis', 'a eficiência energética – não desperdiçar energia', 'a sustentabilidade dos produtos – reciclagem dos produtos após o seu ciclo de vida', 'a necessidade de aumentar a produtividade – automação', a 'formação, desenvolvimento e educação de pessoas'.

"Estas são algumas das certezas que temos, é a isso que nos devemos agarrar. É nisto que temos de nos focar. Por este motivo, é nisto que a ANFAJE deve dar apoio", salientou, lembrando que a associação "tem de continuar a apoiar as empresas associadas e ajudá-las a desenvolver estes temas. Seja com debates e apresentações como tivemos no Encontro. Seja com promoção de formações", sustentou.

Para o responsável da ANFAJE, o objetivo é claro: "ajudar os associados a trabalhar com mais qualidade, de forma mais competitiva e antecipando as necessidades do mercado".

Diogo Gomes, Coordenador do Conselho Estratégico da ANFAJE
Diogo Gomes, Coordenador do Conselho Estratégico da ANFAJE.

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