Mais um ano exigente para continuar a construir o futuro das empresas do setor

O ano de 2023 continua a sofrer o impacto da continuação da guerra na Ucrânia, acrescido com o permanente aumento das taxas de juro e a carestia da vida de milhares e milhares de portugueses. Neste quadro, a procura dos produtos e serviços das empresas do setor das janelas tem vindo a diminuir, sobretudo em alguns segmentos de mercado, como o dos clientes particulares.

Esta situação é ainda agravada pelo facto dos apoios públicos para a substituição de janelas antigas por novas janelas eficientes - Programa Edifícios Mais Sustentáveis - ter estado parado desde maio de 2022. Uma situação que gera picos de procura e oferta no mercado, gerando ainda frustração de expetativas junto de todos aqueles que pretendem fazer pequenas obras de melhoria do conforto térmico e acústico das suas habitações.

No caso da construção de obras novas e a renovação de edifícios antigos, a dinâmica continua a ser positiva, sobretudo nas duas maiores grandes cidades e respetivas áreas metropolitanas (Lisboa e Porto). O volume e a carteira de obras em curso e em perspetiva permitem considerar que continuaremos a ter um cenário positivo de procura de novas janelas e fachadas eficientes.

Com esta situação como pano de fundo, é indispensável que as empresas do setor das janelas e fachadas continuem a construir o seu futuro. Esse futuro constrói-se, com um foco muito determinado, no lançamento de novos produtos e novos serviços que respondam às necessidades do mercado. Necessidades que estão em permanente mudança e que exigem que as empresas possam ser bastante adaptáveis à mudança. A mudança permanente é a nova certeza e exige um esforço constante para acompanhar as novas exigências (novos regulamentos e diretivas europeias, novas leis e decretos-lei, novas políticas e medidas públicas, etc.).

Acompanhar todos os temas e assuntos que podem ter um impacto significativo na atividade das empresas do setor das janelas e fachadas é mais fácil quando é feita através da participação em redes de cooperação, em networking com outras entidades e quando se participa ativamente em fóruns de discussão. Tarefas que são dinamizadas permanentemente pela ANFAJE ao longo de todo o ano e que incentivam as empresas a participar, a colaborar e agir para que os desafios e oportunidades que surgem, possam ser devidamente aproveitados.

Continuar a construir o futuro do nosso sector exigirá continuar a reforçar a capacidade das nossas empresas em várias áreas da sua atividade. Um reforço da capacidade de inovação em produtos e processos, o aumento da qualificação e formação, a retenção e a atração de novos talentos. Tudo isto, sem esquecer a necessidade de reforçar a capacidade de liderança das nossas empresas.

A construção do futuro exige continuar o foco nas oportunidades, relativas às novas exigências de redução dos consumos energéticos e edifícios de ‘consumo zero’, de melhoria do conforto térmico e acústico, bem como a melhoria da eficiência energética (novas políticas públicas e exigências normativas europeias). A acrescentar a estes temas, nos quais o setor tem vindo a adaptar-se crescentemente, não podemos esquecer os que se relacionam como o aumento da qualidade e dos requisitos relativos à instalação de janelas eficientes e de todos os desafios relativos à automatização, robotização e digitalização de processos. Além destes, convém estarmos atentos à nova janela que a inteligência artificial vai trazer a toda a economia, às empresas e à sociedade.

Em suma: o presente e próximos anos serão anos muitos exigentes que obrigam as empresas a trabalharem de uma forma mais cooperativa. Cooperar para competir melhor. E essa cooperação tem a sua maior expressão através da ação das suas associações representativas. No caso do setor das janelas, portas e fachadas, essa associação tem um nome: ANFAJE.