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Informação profissional sobre a Envolvente do Edifício
A matéria-prima infinitamente reciclável

Alumínio, o grande aliado da construção sustentável

Redação Novoperfil14/04/2024
O alumínio desempenha um papel importante na construção sustentável, através de vantagens como a durabilidade, o baixo impacto ambiental e a reciclabilidade infinita. As empresas da fileira estão comprometidas com o desenvolvimento de soluções que promovam a sustentabilidade em todas as etapas da construção de montante ao final do ciclo de vida do edifício.
Fábrica de alumínio (Fonte: APAL)
Fábrica de alumínio (Fonte: APAL)

O alumínio é infinitamente reciclável, sem perder as suas propriedades, sendo por isso um elemento fundamental na construção sustentável. Essa característica contribui para a redução do impacto ambiental, promovendo uma economia circular ao minimizar a necessidade de extrair novos recursos e reduzir o desperdício. Além disso, o alumínio oferece vantagens económicas, como custo de produção equivalente à criação de alumínio primário e maior eficiência no uso de recursos. O alumínio pode ser reciclado e reutilizado continuamente, reduzindo a necessidade de extrair novos recursos e minimizando o impacto ambiental e contribuindo para a economia circular, como afirmam os profissionais do setor contactados pela NovoPerfil.

Contributo dos operadores do setor para a construção sustentável

A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) está precisamente empenhada na promoção do alumínio enquanto “recurso infinitamente reciclável”, diz Rui Abreu, presidente da associação. A APAL está a disseminar a mensagem através de campanhas, presença em feiras e outros eventos e no relacionamento com as autoridades e a comunicação social. Ao destacar essa característica, a APAL visa sensibilizar o mercado para a importância do alumínio como uma opção amiga do ambiente e da saúde financeira das empresas.

A Novo Perfil contactou três agentes do mercado e procurou perceber com mais detalhe como é as soluções de cada uma das empresas contribuem para uma construção sustentável, uma economia circular e eficiência energética.

Diogo Barreto, diretor industrial da Lacoviana – Tratamentos e Lacagens de Alumínio de Viana , refere que a empresa tem investido em tecnologias que reduzem o consumo de energia e água nos seus processos de tratamento de alumínio, além de promover a reutilização de materiais e a produção local. Através da otimização de processos produtivos, como a redução das temperaturas de trabalho e o aumento da eficiência energética dos equipamentos, a Lacoviana reduziu o consumo de recursos naturais e também a sua pegada ambiental. Além disso, utiliza matérias-primas recicladas e valoriza a produção local. Este prestador de serviço de tratamento do alumínio “procura oferecer soluções de lacagem, anodização e lacado efeito madeira mais sustentáveis e energeticamente mais eficientes. Ao nível das soluções de alumínio os nossos clientes têm evoluído no mesmo sentido e em conjunto trabalhado com vista a atingir a neutralidade carbónica muito antes da meta de 2050”.

Na Lingote, explica Nuno Moura, chief sales officer da Lingote, são promovidas práticas sustentáveis desde a fase de fabricação, ao dar prioridade aos materiais recicláveis, como o alumínio. Além disso, ao implementar tecnologias que reduzem o consumo de energia (energia solar, veículos elétricos), a empresa mostra-se comprometida com a eficiência energética em toda a cadeia produtiva. Essas práticas minimizam o impacto ambiental da construção e contribuem para uma economia circular, na qual os materiais são reutilizados e reciclados, mantendo sua qualidade e valor ao longo do tempo.

Entre as soluções destacadas a empresa assinala a série Star90, denominada Passive House, pelas características técnicas que a tornam única. Além disso, a Lingote disponibiliza a opção Cradle-to-Cradle “em todos os produtos que nos chegam através das nossas fábricas na Bélgica, nomeadamente a nossa fachada MC Wall, a gama de portas e janelas da série Star, a nossa oferta de batente minimalista Maxlight e ainda o nosso sistema de interiores IDA”. O responsável acrecenta que a Lingote é certificada pelas normas ISO 14001, e pela ISO 50001. Pretendem também implementar novas diretivas e normas como a ALU+C e a ISO 20400.

As soluções da Hydro BS Portugal , como descreve José Dias, diretor de SU, utilizam a liga Circal 75R, composta por materiais reciclados e reutilizados após um longo ciclo de vida anterior, que reduz consideravelmente o impacto ambiental durante a produção de perfis de alumínio da marca Technal. O foco está na eficiência energética durante a utilização e na minimização o impacto ambiental durante a produção (apenas 1,86 Kg CO2/Kg, o que corresponde a cerca de um terço da média europeia de emissões deste sector). A Hydro adota ainda práticas que visam reduzir o consumo de energia (cerca de 5% da energia necessária para produzir alumínio pelos meios tradicionais, como a opção por temperaturas mais baixas nos processos de tratamento ou a reciclagem de materiais.

Campanha da APAL: Alumínio Infinitamente reciclável
Campanha da APAL: Alumínio Infinitamente reciclável

Alumínio infinitamente reciclável

A associação representante do sector considera o alumínio um material fulcral para uma construção sustentável. “É leve, otimizando assim o seu transporte e a sua colocação em obra”. Além disso, é um material duradouro que que acompanha a vida do edifício. “É 100% reciclável, sendo que a sua reciclagem tem um consumo energético muito baixo”, explica Rui Abreu.

O alumínio é infinitamente reciclável, porque nunca perde as suas características. “Posso retirar uma janela dum edifício em demolição, pegar nesse alumínio e voltar a fundir, obter assim a matéria-prima para alimentar a extrusão onde se fará novos perfis para construir uma nova janela. E refiro ‘janela’, mas podia estar a falar de partes dum carro, dum comboio, dum avião, dum móvel de casa, de cabos de transporte de energia, entre outros”, explica Rui Abreu. E “isto é ser sustentável, um verdadeiro ciclo de vida” deste “metal inteligente”.

Ciclo de vida do alumínio (fonte: APAL)
Ciclo de vida do alumínio (fonte: APAL)

Custos de produção semelhantes

A maioria dos entrevistados não destacou grandes diferenças de custos de produção de peças com alumínio primário ou reciclado. Mais do que os custos, todos apontam vantagens como a sustentabilidade e eficiência energética, que pode representar 90% menos energia, na avaliação do custo-benefício do alumínio na construção sustentável, como avança Diogo Barreto.

A diferença de custos no fabrico de produtos de alumínio com matéria-prima nova ou reciclada não é significativa, mas é preciso pensar além do preço. Rui Abreu refere que o preço do alumínio é cotado em Bolsa, destacando outras variáveis que devem ser consideradas na manufatura como a qualidade, durabilidade, eficiência energética e reciclabilidade. “A média de CO2 libertado na produção de alumínio primário na Europa anda entre os 6 a 8 kg de CO2 por Kg de alumínio, enquanto a produção mundial estará acima dos 14 Kg CO2. Na reciclagem do alumínio este valor desce para 0,5 a 0,7 Kg de CO2 libertado por Kg de alumínio produzido”, explica o representante do sector.

Mais que a diferença nos custos de produção, Nuno Moura enfatiza a vantagem sustentável da reciclabilidade total.

Por seu lado, Diogo Barreto afirma que no processo de tratamento de alumínio, o custo de produção é o mesmo, independentemente de ser alumínio primário ou reciclado. No entanto, apresenta outros benefícios, resultantes do investimento em tecnologia de ponta que “nos permite reaproveitar mais de 70% da água utilizada e reduzir drasticamente o consumo de recursos naturais”. Além disso, utilização de produtos reciclados e valorização da produção local visa reduzir os gastos energéticos de transporte

Apenas José Dias assinala que o custo do alumínio reciclado é ligeiramente superior, devido aos pré-tratamentos necessários para materiais reciclados. No entanto, a opção justifica-se pela redução significativa do consumo energético na reciclagem. “Hoje o alumínio produzido através das ligas Circal tem um custo ligeiramente superior às restantes ligas de alumínio utilizadas na Europa, mas seguramente justificável tendo em conta as vantagens que consegue apresentar”.

Apoios do Estado ao consumidor não têm impacto no negócio do alumínio

Pouco ou nenhum foi o impacto do programa estatal de eficiência energética nos fabricantes. Diogo Barreto não sentiu qualquer impacto direto, referindo que “eventualmente terá tido maior impacto junto dos nossos clientes, extrusoras, sistemistas, transformadores e instaladores”.

Nuno Moura afirma que estes apoios são muito circunstanciais e a sua eficiência fica circunscrita a algumas tipologias. “As procuras por um melhoramento das condições de habitabilidade deveriam ser acompanhadas de uma procura por materiais sustentáveis e ecologicamente amigos da natureza”, acrescenta.

José Dias acredita que “para que este programa seja efetivamente relevante e importante para o cumprimento dos objetivos assumidos pelo pais em relação ás emissões de CO2, terá de valorizar outos atributos dos diferentes produtos, tais como o seu impacto ambiental durante a sua produção, a sua durabilidade, a reciclabilidade futura dos materiais utilizados, entre outros”.

Exemplo de construção sustentável (Fonte: Hydro)
Exemplo de construção sustentável (Fonte: Hydro)

O que é construção sustentável

A construção sustentável considera dimensões como os materiais, a otimização de espaços e a eficiência energética. De acordo com Rui Abreu, presidente da Associação Portuguesa do Alumínio (APAL), o alumínio é um material fundamental na construção sustentável, devido à sua leveza, durabilidade e reciclabilidade infinita. “O alumínio contribui para uma economia circular, promovendo a reciclagem e a redução das emissões de CO2”, explica. No fundo a construção sustentável transcende as práticas habituais sendo um “compromisso com a preservação ambiental e a promoção de um futuro mais equilibrado”, diz Nuno Moura, chief sales officer da Lingote. Para que a construção seja sustentável importa reduzir o consumo energético, utilizar com responsabilidade os recursos hídricos e a eliminar substâncias químicas nocivas. Além disso, importa dar primazia aos materiais recicláveis ou materiais com uma longa longevidade e baixa pegada carbónica e integrar práticas e tecnologias que possam reduzir a pegada carbónica e minimizar o impacto no planeta. Além de se considerar as necessidades efetivas dos projetos a construção sustentável procura reduzir o impacto ambiental durante a execução e o ciclo de vida do edifício. José Dias, diretor de SU na Hydro BS Portugal, destaca a importância de utilizar materiais neutros em carbono, recicláveis e que permitam a otimização dos recursos durante o ciclo de vida do edifício. Por fim, Diogo Barreto, diretor industrial da Lacoviana, destaca além da procura por melhores soluções para reduzir recursos e CO2, a valorização da reutilização/reciclagem e da produção local. Em matéria de alumínio, salienta que a empresa tem procurado soluções de tratamento do material com menor energia incorporada e menor consumo de água.

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