Informação profissional sobre a Envolvente do Edifício

Saint-Gobain apresenta 3ª edição do Barómetro da Construção Sustentável

07/05/2025
Em Portugal, 99% dos agentes do setor da construção e 98% dos cidadãos inquiridos consideram a implementação da construção sustentável uma grande prioridade.
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A Saint-Gobain acaba de divulgar os dados da 3ª edição do Barómetro da Construção Sustentável, um inquérito mundial conduzido pelo Occurrence-Ifop, que mede o progresso na área da construção sustentável.

Os dados recolhidos revelam que mais de 50% dos inquiridos em Portugal consideram que os profissionais de arquitetura e engenharia, instituições públicas e empresa privadas devem ser os grandes impulsionadores da construção sustentável.

Face a isto o documento aponta que as ações consideradas prioritárias passam, entre outras, por formar os profissionais, implementar regulamentação para a renovação energética, sensibilizar o público em geral, reforçar a colaboração entre os vários stakeholders, melhorar a competitividade dos materiais, produtos e soluções sustentáveis e renovar o edificado existente.

O Barómetro refere ainda que, face aos desafios demográficos, sociais, energéticos e climáticos enfrentados pelas comunidades, o setor da construção deve acelerar a sua transformação no sentido de uma construção cada vez mais sustentável: um ambiente construído que contribua positivamente para a saúde e o bem-estar das pessoas, resistente perante alterações climáticas e com emissões de carbono reduzidas; e habitação acessível a todos, sem comprometer a qualidade e o desempenho.

Para Benoit Bazin, presidente e CEO da Saint-Gobain: “as conclusões são claras: é tempo de agir. Para que a construção sustentável se torne a norma, precisa não só de ser melhor compreendida, mas também totalmente alinhada com as expetativas dos cidadãos e dos profissionais. Para além dos seus benefícios ambientais, as suas vantagens tangíveis em termos de conforto, saúde e bem-estar permanecem frequentemente negligenciadas. Para garantir a sua expansão, é essencial adotar uma abordagem abrangente e enraizada nas especificidades locais, tendo em conta os padrões de utilização, os contextos territoriais e as realidades locais”.

Asier Amorena, CEO da Saint-Gobain em Portugal, por seu ladom afirma: “na Saint-Gobain Portugal, estamos atentos à evolução das necessidades e expetativas do mercado no que diz respeito à sustentabilidade da construção. Enquanto agente do setor e de forma a dar-lhe resposta, a SaintGobain continuará a apostar, não só no desenvolvimento de soluções inovadoras, mas também na ativação de programas de informação e sensibilização, internos e externos - como o Mês da Sustentabilidade - com várias iniciativas com que pretende chamar a atenção para este tema e impulsionar a sua implementação”.

De destacar ainda que, comparativamente aos resultados registados em 2024, a percentagem de inquiridos em Portugal com conhecimento do conceito de construção sustentável registou uma subida 21% (de 50% para 71%), sendo que 70% (+5% que em 2024) o associam à utilização de energias renováveis ou descarbonizadas, facto que revela uma crescente sensibilização sobre o tema.

Dados importantes do Barómetro da Construção Sustentável:

• Maior sensibilização, sentido partilhado de urgência e forte apoio público.

• Um desejo geral e partilhado de ir mais longe. Em geral, os intervenientes privados são vistos como a força motriz mais legítima, embora as prioridades regionais sejam diferentes.

• A construção sustentável continua a ser vista com foco no ambiente, mas a resistência está a ganhar terreno, enquanto o bem-estar dos residentes permanece em segundo plano.

• As partes interessadas bem informadas, mas insuficientemente formadas, são um obstáculo aos compromissos alinhados à transição sustentável.

Maior consciencialização: 67% dos intervenientes afirmam ter uma boa compreensão do conceito de construção sustentável. Este número aumentou 6 pontos no espaço de um ano A urgência percebida para agir sobre o assunto também continua a ser elevada: 69% das partes interessadas consideram a implementação de construções mais sustentáveis uma prioridade. Este resultado estável é sustentado por uma perceção partilhada pelos cidadãos, que estão de acordo com a questão: 60% consideram-na prioritária e 95% consideram-na importante. O desafio agora é converter este elevado nível de sensibilização das partes interessadas e do público em ações concretas.

De realçar que no que concerne ao desejo de seguir em frente Portugal se destaca pela positiva: 99% das partes interessadas e 98% dos cidadãos inquiridos consideram a implementação da construção sustentável de elevada prioridade e a taxa de conhecimento sobre o conceito é de 71% entre o primeiro grupo e de 36% no segundo.

87% dos inquiridos acreditam que precisamos de “ir mais longe” em termos de construção sustentável. Os intervenientes na fase de projeto, posicionados a montante na cadeia de valor, parecem ser a força motriz essencial: globalmente, 56% dos respondentes consideram os arquitetos e as empresas de engenharia os intervenientes mais legítimos para promover esta transição, seguidos pelas empresas privadas do setor, com 44%.

No entanto, as prioridades variam muito de região para região:

• Na Ásia-Pacífico, África e Médio Oriente, a adaptabilidade dos edifícios parece ser uma preocupação recorrente;

• Na América Latina, a utilização de materiais ecológicos está a emergir como uma questão fundamental;

• A Europa destaca-se pelo forte interesse na renovação de edifícios; • Na América do Norte, a questão da acessibilidade é mais importante.

Face a isto o documento sublinha a importância de adaptar as estratégias de construção sustentável às especificidades locais, preservando ao mesmo tempo uma forte dinâmica global.

Embora as partes interessadas afirmem ter uma melhor compreensão do conceito, ainda associam a construção sustentável principalmente a questões ambientais. A eficiência energética dos edifícios (35%) e a utilização de materiais ecológicos (31%) continuam a ser os principais critérios para definir o conceito.

A resistência face às alterações climáticas está a tornar-se uma questão cada vez mais importante. O tema registou o maior crescimento desde a edição anterior, atingindo os 21% (+8 pontos face a 2024). A sua importância varia de região para região, com África (35%) e a ÁsiaPacífico (32%) no topo da lista, uma vez que estas regiões estão provavelmente particularmente expostas.

Surpreendentemente, a dimensão “humana” da construção sustentável ainda luta para ser aceite e continua relegada para segundo plano. Apenas 15% das partes interessadas e 15% dos cidadãos associam a construção sustentável à melhoria do bem-estar dos ocupantes, embora este aspeto possa desempenhar um papel fundamental na sua aceitação e implementação.

Em Portugal, ainda que apenas 8% dos stakeholders descrevam a construção sustentável como promotora do bem-estar e saúde dos ocupantes, 52% defendem que o conceito está associado à saúde, segurança e bem-estar dos utilizadores dos edifícios, desde a construção até à utilização.

Embora as partes interessadas afirmem estar familiarizadas com a construção sustentável, apenas 28% dizem estar totalmente informados sobre o assunto, e 35% dos profissionais fizeram formação específica.

Este domínio ainda parcial do assunto pode explicar uma certa limitação quando nos referimos a compromissos concretos:

• 78% dos estudantes consideram a formação em construção sustentável uma mais-valia para o emprego, mas apenas 40% recusariam uma oferta de uma empresa não comprometida.

• 67% dos profissionais afirmam que avaliam a pegada de carbono dos seus projetos, mas apenas 30% o fazem de forma sistemática.

• 51% dos representantes eleitos afirmam que gostariam de excluir os projetos que não seguem as normas sustentabilidade, dos contratos de contratação pública, mas apenas 37% tomaram esta medida, um resultado (+26 pontos em relação a 2024) que, no entanto, é um sinal encorajador.

• 51% das associações planeiam apelar ao boicote das empresas consideradas não comprometidas com o tema, mas apenas 24% tomaram medidas.

As respostas dadas por mais de 4.000 partes interessadas, mas também por 27.000 cidadãos (em 4 questões principais) foram analisadas para identificar as alavancas mais relevantes a ativar para acelerar o desenvolvimento da construção sustentável em Portugal e a nível global.

Empresas ou entidades relacionadas

Saint-Gobain Portugal, S.A.

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