O mercado ibérico, e especialmente Portugal, enquanto país anfitrião, assumiu um lugar de destaque como eixo prioritário na expansão e consolidação da aluplast no sul da Europa
Durante a primeira semana de maio, o Porto assumiu-se como palco privilegiado de uma das mais relevantes reuniões internacionais do setor da janela e da construção. A cidade acolheu os International Innovation Days, uma iniciativa promovida pela aluplast que, ao longo dos anos, se tem afirmado como um verdadeiro ponto de encontro global para fabricantes, parceiros tecnológicos e especialistas de toda a cadeia de valor. A edição de 2025 trouxe à cidade invicta dezenas de profissionais oriundos dos cinco continentes, num ambiente que conjugou o debate estratégico com momentos de proximidade e partilha, reforçando o papel de Portugal como anfitrião de eventos industriais de escala internacional.
A escolha do Porto, segundo a organização, não foi aleatória. A cidade, com a sua localização atlântica e crescente atratividade no panorama empresarial europeu, surgiu como símbolo de uma Europa dinâmica, aberta à inovação e comprometida com a transformação sustentável da construção. Depois de passagens por geografias tão diversas como México, Índia, África do Sul ou Austrália, a aluplast voltou a apostar no velho continente, reconhecendo a importância crescente da região no contexto dos desafios energéticos e regulamentares que hoje moldam o setor.
Mais do que um evento corporativo, os Innovation Days funcionaram como uma plataforma internacional de troca de experiências, onde se cruzaram visões, práticas e estratégias. O encontro dirigiu-se sobretudo a proprietários e diretores dos principais transformadores da marca, mas acolheu igualmente produtores em processo de aproximação à aluplast, bem como diversos outros intervenientes do ecossistema da janela, desde fornecedores de maquinaria a empresas de software e entidades associativas. Foi promovido um espaço de diálogo franco e construtivo, no qual se procurou alinhar expectativas e explorar novas formas de colaboração no sentido da inovação contínua.
De acordo com os responsáveis, num mundo cada vez mais interligado, é essencial que todos os parceiros compreendam o mercado de forma abrangente, transnacional e estratégica. O evento teve assim como principal objetivo permitir que os participantes formassem uma imagem mais globalizada do setor, antecipando tendências, identificando oportunidades e, acima de tudo, reforçando a ambição de internacionalização. A aluplast vê este tipo de encontro como uma etapa fundamental para preparar os seus parceiros para os desafios da nova geração de produtos e serviços, onde se cruzam exigências de eficiência energética, digitalização de processos e sustentabilidade ambiental.
Ao longo de vários dias, o programa combinou sessões de apresentação, painéis temáticos e momentos de networking informal. Foram partilhados os projetos que a marca tem atualmente em desenvolvimento, bem como as principais apostas para o futuro, com destaque para novas soluções de caixilharia, integração de tecnologias inteligentes e estratégias de digitalização da cadeia de produção e distribuição. Ficou patente o empenho da empresa em manter uma lógica de cocriação com os seus parceiros, valorizando o feedback recebido no terreno e envolvendo os clientes nas decisões estratégicas.
A presença de parceiros internacionais de peso deu ao evento uma dimensão ainda mais robusta. Marcaram presença empresas com visão alinhada e forte presença global – como a Continental, Siegenia, Roto, Thorwesten, Schtec, Graf, RA Workshop ou Febatec –, que trouxeram perspetivas distintas, mas complementares, sobre os caminhos futuros do setor. Além disso, participaram representantes do setor da construção e de associações, que contribuíram com visões estruturais sobre os desafios da regulamentação europeia, a evolução da procura e as novas exigências de desempenho térmico e acústico.
Apesar da densidade técnica e estratégica dos conteúdos, o ambiente vivido no Porto foi marcado por uma informalidade acolhedora. O reencontro entre antigos parceiros e a descontração que caracterizou muitos dos momentos sociais conferiram ao encontro um carácter quase familiar. Segundo a organização, este é um dos traços distintivos do conceito dos International Innovation Days: promover não apenas uma troca de conhecimento técnico, mas também fortalecer as ligações humanas que sustentam as redes de colaboração a longo prazo.
No final, foi evidente que o evento não se limitou a falar de janelas. Abordaram-se modelos de negócio e temáticas como sustentabilidade, desafios logísticos, digitalização e talento. E, acima de tudo, consolidou-se a noção de que só através do trabalho conjunto e da partilha aberta é possível antecipar as mudanças que se avizinham. O Porto serviu de cenário a uma reflexão profunda sobre o presente e o futuro do setor, com a aluplast a posicionar-se como catalisador dessa transformação global.
Assim, e perfeitamente integrado no espírito do encontro realizado no Porto, o posicionamento da aluplast ficou ainda mais claro ao longo das diversas sessões e apresentações que compuseram os International Innovation Days. A multinacional alemã, com sede em Karlsruhe, demonstrou um alinhamento estratégico preciso entre inovação tecnológica, adaptação ao mercado local e uma visão profundamente humanizada da sua presença internacional. Nesse contexto, o mercado ibérico, e especialmente Portugal, enquanto país anfitrião, assumiu um lugar de destaque, não apenas como destino do evento, mas como eixo prioritário na expansão e consolidação da empresa no sul da Europa.
De acordo com Dirk Seitz, presidente do grupo aluplast, “o mercado ibérico, e em particular Espanha e Portugal, tem para nós uma importância estratégica muito especial”. Essa importância já se refletia desde o início da década de 1990, com a fundação da filial em Girona, e intensificou-se nos últimos anos. “A dinâmica e o enorme potencial do mercado impressionam-me uma e outra vez”, afirmou.
O dinamismo do mercado, a procura crescente por soluções eficientes e sustentáveis, e a abertura à inovação foram apontados como fatores-chave para este compromisso. A empresa, que mantém uma relação próxima com os seus parceiros locais, reforçou o seu interesse em novas colaborações e continuou a valorizar, nas palavras de Dirk Seitz, “as relações pessoais e a presença local”, que considera “um fator-chave de sucesso”.
Mas a presença em Portugal não se fez apenas de gestos simbólicos. O evento serviu também para apresentar a mais recente aposta tecnológica da marca: a plataforma neo, que traduz uma nova geração de sistemas de janelas e portas desenhada com base em versatilidade, eficiência e sustentabilidade. Esta solução modular, que permite realizar mais de 130 variantes de janelas com um número reduzido de perfis base, foi destacada como um marco na estratégia de produto da empresa. Segundo Dirk Seitz, “com a plataforma neo combinamos design moderno, sustentabilidade, flexibilidade e os mais altos padrões técnicos”.
Entre as vantagens apresentadas, destacou-se o design moderno e estilizado dos perfis, capaz de proporcionar até 20% mais luz natural no interior dos espaços; a compatibilidade entre soluções e a modularidade do sistema; e a integração de tecnologias avançadas como o powerdur (reforço com fibra de vidro), o foam inside (isolamento térmico reforçado) e o safetec inside (junta central rígida adicional), que garantem elevados padrões de segurança, conforto e desempenho energético. A sustentabilidade, uma das palavras mais ouvidas ao longo dos Innovation Days, assumiu especial protagonismo nesta solução: a eliminação de reforços em aço permitiu reduzir a pegada de carbono em até 15%, todos os perfis são recicláveis e a produção pode incorporar materiais reciclados, sem comprometer a qualidade ou durabilidade do produto final.
Outros destaques incluíram o lançamento de superfícies de acabamento exclusivas, como o woodec (com aspeto de madeira) e o aludec (com aspeto de alumínio), assim como o sistema neo view, uma janela de folha oculta quase sem moldura visível, que maximiza a entrada de luz e segue as tendências contemporâneas da arquitetura minimalista.
Paralelamente à estratégia de produto, a aluplast apresentou a evolução do seu modelo comercial, centrado agora numa maior proximidade aos mercados locais. A empresa reforçou, em várias regiões da Península Ibérica, a sua rede de distribuição através de parcerias estratégicas com agentes regionais, procurando ganhar quota de mercado através da combinação entre inovação técnica e uma abordagem comercial personalizada.
“Desenvolvemos especificamente a nossa estratégia de vendas nos últimos meses”, afirmou Dirk Seitz. “O nosso objetivo é ganhar quota de mercado adicional com produtos inovadores e conceitos à medida”.
Foi reforçada ainda a aposta no capital humano: mais do que tecnologia, a empresa acredita que são as pessoas, nomeadamente os colaboradores, parceiros e clientes, que fazem a diferença. “Não só investimos no desenvolvimento dos nossos produtos, mas sobretudo nos nossos colaboradores, que consideramos essenciais para o sucesso da empresa”, destacou o presidente da aluplast.
Este duplo eixo, centrado na inovação técnica e valorização humana, atravessou todo o evento e ficou patente no tom das conversas, na partilha entre participantes e nas múltiplas referências ao futuro do setor. Ao longo dos International Innovation Days, realizados no Porto, tornou-se evidente que a aluplast não está apenas a desenvolver soluções para o presente da indústria da construção, mas a traçar, de forma determinada, as linhas do seu futuro. A visão partilhada à Novoperfil por Dirk Seitz apontou para um compromisso profundo com a sustentabilidade, que não se limita à inovação de produto, mas atravessa toda a estrutura organizacional, os processos industriais e a estratégia de longo prazo da marca. A construção de um setor mais responsável, eficiente e alinhado com os princípios da economia circular surgiu como um dos grandes temas do encontro e norteou muitas das apresentações e discussões.
Segundo o responsável, “as nossas expectativas e esperanças centram-se claramente em tornar o setor da construção mais responsável e eficiente”. E reforçou: “Queremos impulsionar processos e produtos que poupem recursos em todo o setor e, assim, contribuir verdadeiramente para a sustentabilidade da construção”.
Segundo os dados revelados, o PVC reciclado pode ser reutilizado até sete vezes sem perda de qualidade, estabilidade ou resistência à intempérie. Graças a este processo, os perfis de janela da aluplast já contêm, em média, cerca de 30% de material reciclado, e estima-se que 88% das janelas de PVC usadas estejam hoje a ser efetivamente recicladas. Em termos ambientais, este esforço traduz-se numa redução de até 93% nas emissões de CO₂ por tonelada de material produzido, em comparação com a utilização de PVC virgem.
A estratégia da empresa inclui ainda o uso exclusivo de estabilizadores à base de cálcio-zinco, eliminando totalmente o chumbo da cadeia produtiva, uma medida que protege o ambiente e garante a segurança para a saúde humana. A produção encontra-se certificada pela norma ISO 50001, referente à gestão energética, e é complementada por uma abordagem ativa na participação em associações e iniciativas ligadas à sustentabilidade e à circularidade. Ainda na fase de conceção dos produtos, são incorporados critérios que garantem a total reciclabilidade dos materiais utilizados, facilitando a sua separação e reaproveitamento futuro.
“A sustentabilidade na aluplast é muito mais do que uma palavra da moda”, afirmou Dirk Seitz. “Está há muitos anos firmemente ancorada na nossa filosofia empresarial e orienta realmente todas as nossas ações – desde o desenvolvimento de produto até à produção e ao reaproveitamento”.
Foi com base nesta convicção que nasceu o programa ap-cycle, descrito como “um ciclo fechado de materiais que poupa recursos e protege o ambiente”. Dirk Seitz explicou que o PVC é transformado em granulado puro e reutilizado na produção de novos perfis, permitindo reaproveitar até sete vezes o mesmo material “sem qualquer perda de qualidade, estabilidade ou resistência às intempéries”.
Com este conjunto de ações a aluplast procurou não apenas partilhar boas práticas durante os Innovation Days, mas também inspirar os seus parceiros e clientes a assumirem, em conjunto, a responsabilidade pelo futuro do setor. “Espero que, com o nosso compromisso, possamos motivar ainda mais os nossos parceiros e clientes para, juntos, construirmos um futuro mais sustentável”, concluiu o fundador.
Esta visão, transversal ao discurso técnico, comercial e institucional da empresa, reforçou a ideia de que a inovação não se faz apenas com tecnologia, mas com propósito. E foi esse o tom que imperou no Porto: uma indústria em transição, ancorada em valores sólidos, e pronta para avançar com passos firmes rumo a um novo paradigma, mais eficiente, mais consciente e mais próximo das pessoas.
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