Um edifício pode reduzir o stress? Uma sala de aula pode melhorar a concentração? Uma casa pode ajudá-lo a respirar melhor? Sim, e a madeira tem muito a ver com isso. Num mundo em que a saúde mental, o bem-estar holístico e a ligação à natureza são cada vez mais urgentes, a madeira surge como um material fundamental para transformar não só a forma como vivemos, mas também como nos sentimos.
A Câmara da Madeira (Cadamda) acompanha esta tendência com uma abordagem moderna: a neuroarquitetura, uma disciplina que une a ciência, a arquitetura e o design para estudar a forma como os espaços afetam o cérebro e o comportamento humano. E, neste contexto, a madeira assume um papel central.
É o campo que explora a forma como o ambiente físico afeta os nossos estados mentais, emoções, capacidades cognitivas e fisiológicas. Por outras palavras: como o design arquitetónico pode melhorar ou prejudicar o nosso bem-estar.
Estudos recentes mostram que os materiais naturais, como a madeira, geram respostas positivas no cérebro: reduzem o stress, estabilizam o ritmo cardíaco, melhoram a concentração e até estimulam a criatividade. Não é coincidência: estamos biologicamente programados para nos sentirmos melhor em contacto com a natureza.
As provas científicas confirmam-no:
Estes dados não são apenas anedóticos: têm implicações reais na conceção de espaços como escolas, hospitais, lares e locais de trabalho, onde o conforto e o bem-estar não são luxos, mas sim necessidades.
A arquitetura biofílica procura recuperar a ligação com a natureza através da luz, do ar, das vistas verdes e dos materiais orgânicos. Nesta abordagem, a madeira assume um papel essencial. A sua textura, aroma e calor geram uma sensação imediata de familiaridade, calma e segurança.
Isto não só melhora o estado emocional, como também potencia a produtividade, a atenção e a saúde respiratória - aspetos particularmente relevantes em ambientes educativos, onde os estímulos ambientais podem fazer a diferença no processo de aprendizagem.
Para além do seu impacto emocional e cognitivo, a madeira é um material sustentável, renovável e responsável. Cada metro cúbico de madeira utilizado em vez de materiais mais intensivos em carbono (como o cimento ou o aço) representa uma ação concreta contra as alterações climáticas.
Respirar melhor, viver com mais tranquilidade e cuidar do planeta em simultâneo - esta é a promessa de uma arquitetura que coloca a madeira no centro.
Os novos desafios urbanos, o aumento das doenças mentais, o stress crónico e a desconexão com a natureza exigem respostas diferentes. E a madeira, um antigo aliado, apresenta-se mais uma vez como uma solução inovadora.
Não se trata apenas de construir casas, escritórios ou escolas. Trata-se de construir saúde. Trata-se de construir bem-estar. E, acima de tudo, de construir um futuro mais humano.
www.novoperfil.pt
Novoperfil - Informação profissional sobre a Envolvente do Edifício