BJ25 - Novoperfil Portugal

REVISTA DA ENVOLVENTE DO EDIFÍCIO JANELAS | FACHADAS | VIDRO | PERSIANAS | TOLDOS | PORTAS | AUTOMATISMOS Junho 2025 25 2025/3 PERFIL www.novoperfil.pt Preço:11 € | Periodicidade: 6 edições por ano Pode obter mais informações em: www.energeto.net/neo energeto® neo design meets technology Como imaginas a janela do futuro? Em aluplast fazemos uma e outra vez a mesma pergunta. É por isso que o ano passado investimos em desenvolver uma nova plataforma. Nasceu uma nova linha que integra os desejos dos nossos clientes e a nossa vocação por oferecer soluções excecionalmente eficientes. O resultado: energeto® neo : + Desenho moderno e intemporal. + Linhas simples e janelas de alta qualidade. + Janelas de produção industrial e soluções arquitetónicas e personalizadas em uma só plataforma. energeto® neo - design meets technology As inovadoras tecnologias energeto garantem o mais alto nível de isolamento térmico, segurança e conforto

Poliamida Low Lambda Reciclada Máxima eficiência energética Mínimo impacto ambiental Redução do Potencial de Aquecimento Global (GWP) em 74% em comparação com a versão convencional. Condutividade térmica de 0,21 W/mK, certificada pelo Instituto Fraunhofer IBP

KRISTAL DESIGN MINIMALISTA, ALTO DESEMPENHO, VISÃO ILIMITADA. SISTEMA DE CORRER MINIMALISTA Versão piso integrado Criado para responder às mais modernas tendências arquitectónicas, o sistema Kristal permite uma versatilidade de configurações que se adaptam a qualquer espaço. Graças ao seu design de vanguarda, aliado a excelentes desempenhos térmicos e acústicos, Kristal associa uma elevada eficiência energética ao conforto, segurança e sustentabilidade.

C M Y CM MY CY CMY K MADRID, 13-14 DE NOVEMBRO DE 2025 www.congresoasefave.com Promotor: Organizador: Secretariado técnico e conceção: SOBRE JANELAS, FACHADAS E PROTEÇÃO SOLAR II Congresso Internacional

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DOSSIER Janelas sustentáveis PERFIL SUMÁRIO Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone (+351) 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Grupo Interempresas Media, S.L. (100%) Diretora Gabriela Costa Equipa Editorial Gabriela Costa, Joana Peres, José Luis Paris Marketing e Publicidade Frederico Mascarenhas redacao_novoperfil@interempresas.net www.novoperfil.pt Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 66 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 127424 Déposito Legal 468458/20 Distribuição total +8.500 envios. Distribuição digital a +7.400 profissionais. Tiragem +1.100 cópias em papel. Edição Número 25 – Junho de 2025 Estatuto Editorial disponível em https://www.novoperfil.pt/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Lidergraf Rua do Galhano, n.º 15 4480-089 Vila do Conde, Portugal www.lidergraf.eu A Revista Novoperfil é Media Partner Principal da: Parceiros: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação da Novoperfil adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. Smart home and building solutions. Global. Secure. Connected. ATUALIDADE 8 EDITORIAL 9 Eficiência tecnológica e sustentabilidade na liderança do setor 12 Construmat: uma edição marcada pela mudança sustentável no setor da construção 18 Velux é o parceiro oficial da Tour de France 2025 20 Como o vidro pode transformar a construção e combater a pobreza energética 50 Pérgulas bioclimáticas: Design, conforto e tecnologia para o seu jardim com Proyectos Xanadú 52 Exlabesa Architecture apresenta EDW-160 54 Hermet 10 lança a nova janela de correr hermética de alto desempenho Libera 56 NOTÍCIAS ANFAJE 58 Eficiência e sustentabilidade nos edifícios modernos 60 N31 300, solução sustentável e duradoura 62 Collbaix desenvolve soluções para portas de vidro de enrolar e automáticas 64 Dobradiça de fecho automático EVO da Simonswerk: estética sofisticada com uma variedade de aplicações 66 Porta automática RC2 da Manusa reforça segurança nos edifícios 68 APAExpo by R+T regista elevado nível de profissionais e anuncia datas para 2027 70 TAFE atualiza os seus sistemas com a tecnologia Low Lambda 72 Estratégia holística de sustentabilidade na Edgetech Europe 74 Reynaers Aluminium apresenta novo passaporte digital de produto: DigiTrace 77 AGC no 8 Bishopsgate em Londres 78 Fira Barcelona renova o seu recinto de Montjuïc 80 aluplast projeta futuro do setor da janela com encontro global no Porto 22 Janelas sustentáveis como pilar da reabilitação energética 28 Normas e regulamentos: entre a ambição europeia e os desafios nacionais 34 Conforto, eficiência e regulamentação a abrir novos horizontes 36 Contributo da Cruzfer e do grupo Gretsch-Unitas 40 ARS-72 Minima da EXLABESA, janela de batente inspirada na tradição industrial 42 Cortizo lança no mercado nova série batente A 78 de PVC 44 STRUGAL recebe 1.ª Menção ao Melhor Produto Integrado nos XIII Prémios Casa Decor 2025 46 Especialista em ... Estruturas com resiliência climática em Portugal 48

8 MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER ATUALIDADE Saint-Gobain apresenta 3ª edição do Barómetro da Construção Sustentável Em Portugal, 99% dos agentes do setor da construção e 98% dos cidadãos inquiridos consideram a implementação da construção sustentável uma grande prioridade. A Saint-Gobain acaba de divulgar os dados da 3ª edição do Barómetro da Construção Sustentável, um inquérito mundial conduzido pelo OccurrenceIfop, que mede o progresso na área da construção sustentável. Os dados recolhidos revelam que mais de 50% dos inquiridos em Portugal consideram que os profissionais de arquitetura e engenharia, instituições públicas e empresa privadas devem ser os grandes impulsionadores da construção sustentável. Face a isto o documento aponta que as ações consideradas prioritárias passam, entre outras, por formar os profissionais, implementar regulamentação para a renovação energética, sensibilizar o público em geral, reforçar a colaboração entre os vários stakeholders, melhorar a competitividade dos materiais, produtos e soluções sustentáveis e renovar o edificado existente. O Barómetro refere ainda que, face aos desafios demográficos, sociais, energéticos e climáticos enfrentados pelas comunidades, o setor da construção deve acelerar a sua transformação no sentido de uma construção cada vez mais sustentável: um ambiente construído que contribua positivamente para a saúde e o bem-estar das pessoas, resistente perante alterações climáticas e com emissões de carbono reduzidas; e habitação acessível a todos, sem comprometer a qualidade e o desempenho. Sika pretende atingir 10% dos edifícios construídos com sistemas ‘off site’ até 2030 A construção industrializada deixou de ser uma tendência e confirma-se como o futuro da construção. Embora represente atualmente apenas 2% do total de obras realizadas, o seu crescimento tem sido e será exponencial - 200% até 2024. De acordo com as previsões dos intervenientes do setor, apresentadas no Radar de Tendências da Construção apresentado pela Rebuild, em 2030, 10% da construção de edifícios será feita com sistemas industrializados. A Sika, como empresa de referência em soluções tanto para a construção como para a indústria, quer liderar o impulso da industrialização em Espanha, colocando a sua vasta experiência e conhecimento na otimização de processos industriais ao serviço do setor, onde é uma referência há mais de 40 anos. Com 18 centros tecnológicos a nível mundial, a empresa está em constante evolução, o que a torna perfeitamente posicionada para impulsionar inovações na construção industrializada no nosso país. No âmbito do Rebuild 2025, a Sika apresentou a sua campanha 'The Industrialised Revolution', com a qual a empresa quer mostrar o seu compromisso com este modelo de construção, juntando-se ao objetivo de atingir 10% dos edifícios construídos com sistemas industrializados até 2030.

9 EDITORIAL Com as mudanças legislativas no setor aliadas à crescente exigência ambiental, a nova geração de janelas está no centro das políticas de eficiência energética e conforto nos edifícios. Mas como estão as empresas a adaptar-se aos desafios impostos pelo novo enquadramento regulamentar e normativo? Pedimos a opinião dos especialistas: Pedro Santos, diretor técnico da Reynaers e responsável da Comissão Técnica de Normalização 098 do IPQ para as normas portuguesas relativas a instalação de janelas, defende “mais clareza legislativa e equilíbrio técnico nas exigências de conforto térmico e acústico”. Garantindo que as janelas sustentáveis são o pilar da reabilitação energética, António Batalha, da Direção de Sustentabilidade e Mobilidade da ADENE, acredita que num contexto de transição “as janelas evoluem de meros elementos passivos para componentes ativos na gestão da energia, da luz natural e da ventilação”. Já João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE, explica que se o reforço do enquadramento normativo e regulamentar afeta diretamente o setor com impactos significativos quanto aos níveis de eficiência energética e sustentabilidade, também coloca desafios na aplicação prática das novas exigências, “sendo necessário um compromisso efetivo entre a ambição política, a clareza técnica e a capacidade de resposta por parte das empresas”. Ainda no dossier ‘Janelas Sustentáveis’, o futuro do setor da janela e da construção debateu-se em maio nos ‘International Innovation Days’, iniciativa da aluplast que se afirma como um ponto de encontro para fabricantes, parceiros tecnológicos e especialistas de toda a cadeia de valor. A edição de 2025 decorreu no Porto e reuniu dezenas de profissionais oriundos dos cinco continentes, como damos conta em reportagem. A Tektónica 2025 acolheu 33.500 visitantes, consolidando-se como a plataforma para impulsionar a indústria da construção. Também em reportagem, a Novoperfil aproveitou a feira para conversar com algumas empresas, que detalham as novidades apresentadas - inovações que comprovam que a eficiência tecnológica e a sustentabilidade lideram o setor. E neste número estreamos a rubrica ‘Especialista em…’ com o presidente da Zero, que analisa as estruturas de construção resilientes às alterações climáticas, tema para mais um dossier de leitura obrigatória. Perante um edificado antigo, e apesar das estratégias de eficiência energética em curso, Francisco Ferreira avisa que Portugal precisa de “investimentos enormes” para ultrapassar as muitas limitações na integração de critérios de resiliência nas intervenções. Consulte ainda o dossier ‘Portas e Automatismos’, onde pode ficar a conhecer soluções que aliam funcionalidade a sustentabilidade. Boa leitura. Normas e reabilitação para um setor mais sustentável e resiliente Forster atualiza solução para fachadas minimalista em aço A partir de agora a solução conta com certificação anti-intrusão RC4 para projetos exigentes. A Forster anunciou ter reforçado o seu portfólio com a atualização da fachada minimalista forster thermfix vario agora com certificação RC4. Decisão que aumenta as possibilidades de aplicação desta solução a edifícios com exigências de segurança superiores. Segundo a empresa trata-se de uma resposta mais eficaz para escritórios comerciais/ governamentais, hospitais e instalações industriais e residênciais com requisitos mais exigentes. Mantêm-se disponíveis as certificações RC2 e RC3, que asseguram proteção contra os métodos mais comuns de intrusão, enquanto a RC4 representa um patamar superior, concebido para resistir a ataques com ferramentas pesadas e métodos mais agressivos. Recorde-se que uma classificação inferior, como a RC1, corresponde a elementos que podem ser facilmente violados recorrendo exclusivamente, por exemplo, à força física, como pontapés ou empurrões. Forster thermfix vario é minimalista na génese: tem apenas 45 mm de perfil visível, fixações totalmente ocultas e consistência visual com as restantes soluções da marca. O sistema destaca-se ainda pela fácil integração com portas e janelas anti-intrusão, proporcionando uma segurança discreta e eficaz.

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.NOVOPERFIL.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Roto Patio Alversa: um sistema universal, cómodo e seguro Uma solução basculante e três soluções de correr paralelas com diferentes funções de ventilação para folhas de porta com peso entre 160 e 200 kg em todos os materiais de caixilharia: é o que oferece o sistema de ferragens universal Roto Patio Alversa. Graças ao seu design inteligente, a gama oferece uma poupança de custos considerável. O sistema de correr é particularmente popular entre os fabricantes que produzem os seus elementos de inclinação e rotação com Roto NX ou Roto AL devido ao grande número de peças idênticas que partilham, uma vez que o sistema de fecho central universal Alversa é o mesmo que o utilizado para os sistemas de inclinação e rotação. As corrediças, os compassos e os conjuntos de calhas podem ser utilizados para diferentes variantes, o que significa uma maior normalização e um menor número de peças, o que se traduz numa redução considerável dos custos de armazenamento e de logística para um fabricante de janelas. O design modular também permite que as quatro variantes sejam produzidas numa única linha de produção. Uma mudança de variante de hardware Alversa não requer praticamente nenhuma alteração na produção, uma vez que a substituição é limitada a apenas alguns componentes. De acordo com a Roto, “este é um aspeto decisivo para a produção mais económica das quatro variantes”. A variante mais utilizada para uma circulação de ar homogénea e segura na casa é a solução de correr paralela Roto Patio Alversa | PS, que permite uma micro- -ventilação invisível a partir do exterior. A folha da porta de correr com ranhuras de ventilação perimetrais parece estar fechada mesmo na posição de ventilação. Além disso, graças à utilização de fechaduras especiais, a folha fixa paralela com ranhuras abertas protege contra a intrusão de acordo com a RC 2. Hydro vai fechar a fábrica de extrusão de Birtley no Reino Unido Empresa aponta as difíceis condições do mercado como justificação para o encerramento. A Hydro acaba de comunicar que, na sequência de um processo de consulta dos trabalhadores e dos seus representantes, a fábrica de Birtley foi encerrada no final de maio. Cerca de 100 pessoas serão despedidas em resultado do encerramento. A empresa refere que foram envidados esforços para oferecer oportunidades de emprego noutras instalações da Hydro Extrusions no Reino Unido, bem como para apoiar as pessoas que deixam a Hydro. Os clientes e a atividade de produção foram transferidos para as fábricas de extrusão da Hydro em Tibshelf e Cheltenham. A fábrica de Birtley era uma operação de duas prensas com uma capacidade anual de aproximadamente 12.000 toneladas. O encerramento foi comunicado em conjunto com os resultados do quarto trimestre de 2024 da Hydro.

11 ATUALIDADE “A VETECO 2024 foi um sucesso absoluto” A EXTRUAL apresentou as últimas novidades em inovação, soluções sustentáveis e sistemas de alumínio que estão a marcar o futuro da arquitetura e da indústria. Durante esta “experiência incrível”, a empresa conectou-se com profissionais do setor, partilhou conhecimentos e, acima de tudo, demonstrou porque continua a ser a escolha preferida para projetos de grande envergadura. No stand da EXTRUAL os visitantes puderam descobrir os seus sistemas de ponta, como o E85 Passivehouse e o E150 Motorizado, entre outros. Além disso, a empresa teve a oportunidade de realizar palestras especializadas ao vivo que destacaram como a EXTRUAL contribui para o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis e eficientes. Agradecendo as muitas presenças no seu expositor, a EXTRUAL divulga no seu site um resumo dos melhores momentos da VETECO 2024, que dá a oportunidade de descobrir o que a empresa tem para oferecer aos projetos do setor.

PERFIL 12 Eficiência tecnológica e sustentabilidade na liderança do setor Como habitualmente a Novoperfil acompanhou a Tektónica, na FIL, que se consolida como “plataforma essencial para impulsionar o mercado da construção”. Nesta reportagem conheça algumas das mais recentes inovações apresentadas durante a feira e que comprovam que a eficiência tecnológica e a sustentabilidade são atualmente os eixos prioritários no setor da construção. Gabriela Costa A 27.ª edição da Tektónica – Feira Internacional da Construção decorreu entre 10 e 12 de abril na FIL – Feira Internacional de Lisboa, encerrando com um balanço marcado pelo crescimento significativo no número de empresas participantes – nacionais e internacionais – e pela forte adesão de visitantes profissionais e público em geral. A feira promovida pela Fundação AIP registou este ano a participação de cerca de 400 expositores, dos quais 15% de origem internacional. Afirmando-se como o principal ponto de encontro do setor da construção em Portugal, a Tektónica voltou a decorrer em simultâneo com o SIL – Salão Imobiliário de Portugal, “uma aposta estratégica que tem vindo a reforçar o impacto e o alcance dos dois eventos”. Juntas, as feiras ocuparam mais de 45 mil m2 de área de exposição, recebendo um total de 33.500 visitantes, entre profissionais e público em geral, “demonstrando a capacidade de gerar sinergias e potenciar negócios num verdadeiro marketplace dos setores da construção e do imobiliário”. Para José Paulo Pinto, gestor da Tektónica, “os números alcançados nesta edição, quer ao nível da participação empresarial, quer na mobilização de visitantes, consolidam a feira como uma plataforma essencial para impulsionar o mercado da construção. Destacamos a inovação como pilar transversal a todos os setores representados, e o compromisso deste evento para valorizar produtos, serviços e equipamentos, bem como promover e distinguir as empresas que apostam em soluções diferenciadoras num mercado em constante evolução”. É o caso das mais recentes inovações apresentadas durante a feira pelas empresas com quem conversámos,

PERFIL 13 e cujos novos produtos comprovam que a eficiência tecnológica e a sustentabilidade são atualmente os eixos prioritários no setor da construção. FERRAGENS DO MARQUÊS “Apresentámos a mais recente inovação da MACO, o sistema de fecho INSTINCT” “A nossa participação na Tektónica 2025 foi extremamente positiva. Tivemos a oportunidade de apresentar ao mercado português a mais recente inovação da MACO: o sistema de fecho INSTINCT, uma solução que representa um verdadeiro marco na tecnologia de fecho para portas”. Foi com estas palavras que Alexandre Portilha, diretor da Ferragens do Marquês, fez o balanço da participação da empresa na feira de referência do setor. Sob o mote ‘Reinventando a Tecnologia de Fecho’, o INSTINCT by MACO “surpreendeu pela sua flexibilidade e design”. Com este sistema é possível criar portas com total liberdade criativa, já que a instalação dos componentes de fecho pode ser feita tanto na folha como no aro. Isto permite perfis mais estreitos e um design mais limpo e elegante, destacou. Quanto a novidades futuras a Ferragens do Marquês, em parceria com a MACO, continuará a apostar em soluções que aliem inovação tecnológica à sustentabilidade, avança Alexandre Portilha, acrescentando que: “o INSTINCT é um exemplo disso: para além da performance mecânica e estética, o sistema contribui para a eficiência energética, ao garantir melhor vedação e isolamento nas portas, reduzindo perdas térmicas”. De acordo com o responsável a empresa está também a desenvolver novas soluções focadas na durabilidade dos materiais, facilidade de reciclagem e redução de impacto ambiental durante a produção – “prioridades alinhadas com os atuais desafios do setor da construção sustentável”, sublinha. FIBRAN IBÉRIA (IBERFIBRAN) “Celebrámos os 25 anos da nossa operação na península Ibérica” A presença da Fibran Ibéria (Iberfibran) na Tektónica 2025 “representou mais um passo firme no reforço da nossa proximidade ao mercado da construção”, afirma Hugo Andrade, responsável de marketing da empresa. Esta edição “teve um significado especial, pois celebrou também os 25 anos da nossa operação na península Ibérica”, comentou ainda. O balanço é, assim, “francamente positivo, com uma excelente afluência de profissionais ao nosso stand e várias oportunidades de contacto com prescritores, parceiros e decisores”. Durante a feira a Iberfibran apresentou “soluções diferenciadoras” como o FIBRANxps INCLINE, um produto em XPS com pendente integrada para coberturas planas, que permite substituir enchimentos tradicionais por uma solução técnica mais leve, eficiente e durável, passando coberturas de toneladas para quilos. No curto e médio prazo a empresa está focada em reforçar o seu posicionamento como parceiro técnico para soluções de isolamento térmico adaptadas a diferentes exigências construtivas, sublinha Hugo Andrade. “Além do FIBRANxps INCLINE continuamos

PERFIL 14 a evoluir na apresentação de soluções personalizadas, como pré-aro em XPS, caixas de estore térmicas em XPS, portas técnicas com núcleo isolante e elementos decorativos como cornijas, que combinam desempenho térmico e flexibilidade de fabrico”, avança. A empresa continua igualmente a apostar no desenvolvimento de produtos e ações que respondam aos atuais desafios da eficiência energética, redução da pegada de carbono e apoio técnico à especificação em obra. MULTIWINDOWS “Apresentámos novidades que esperamos ter operacionais até ao terceiro trimestre” A Tektonica “é sempre um local onde nos sentimos em casa”, revela Olga Konovalova, owner da MultiWindows. E, mais uma vez, “foi extremamente positivo o feedback dos nossos visitantes. Este ano apresentámos algumas novidades que esperamos ter operacionais até ao final do terceiro trimestre, nomeadamente a incorporação de produtos Schuco no nosso portefólio, adianta em entrevista à Novoperfil. A propósito de desenvolvimentos que respondem aos atuais requisitos de tecnologia eficiente e sustentabilidade, Olga Konovalova esclarece que “todos os anos procuramos oferecer produtos de alta qualidade e esse é um objetivo que se mantém”. Neste contexto a incorporação de “produtos de alta gama que forneçam resposta aos desafios cada vez mais exigentes no âmbito da sustentabilidade” é parte do ADN da MultiWindows “e é onde vamos focar os nossos esforços”, garante. PREMAQ “A Tektónica foi uma ótima oportunidade para dar a conhecer a Vertic 1056” Victor Dias, founder & executive chairman da PremaQ também faz um balanço da participação na edição deste ano da Tektónica “bastante positivo, na medida em que nos permitiu estar mais próximos dos nossos clientes e parceiros, proporcionando momentos diferentes daqueles que vivemos no nosso dia-a-dia”. Segundo o responsável o evento constituiu ainda “uma ótima oportunidade para dar a conhecer a nossa oferta e as mais recentes novidades, como é o caso da nossa nova marca, a Vertic 1056, que apresentámos pela primeira vez ao público na Tektónica”. A Vertic 1056 é uma marca especializada na comercialização de sistemas de elevação de vidro e que conta com alguns dos mais importantes players do setor no seu portefólio. A par da nova marca do grupo, a empresa teve a oportunidade de apresentar novos modelos para otimização de trabalho para o setor do alumínio e PVC, máquinas preparadas para a indústria 4.0. e software para conceção de caixilharia, orçamentação e gestão de obras. As empresas apostam cada vez mais em soluções diferenciadoras num mercado em constante evolução

PERFIL 16 A próxima edição da Tektónica realiza-se na FIL, de 23 a 25 de Abril de 2026. A nível de outros desenvolvimentos que a empresa tem na calha, e como explica Victor Dias, “como é sabido a PremaQ é parceira do Grupo Voilàp, e uma das suas mais recentes novidades é o Voilàp Connect, uma plataforma IoT baseada na cloud, desenvolvida para monitorizar e otimizar operações industriais em tempo real”. Destina-se a operadores e gestores de produção que pretendem acompanhar o desempenho das máquinas, o consumo energético e o estado da produção de forma remota e segura. “Uma solução essencial para empresas que procuram maximizar a eficiência, reduzir custos e manter uma produção de alta qualidade”, sublinha o responsável. O Voilàp Connect “responde de forma eficaz aos atuais requisitos de tecnologia e sustentabilidade ao alinhar-se com as tendências globais de digitalização industrial e responsabilidade ambiental”, na medida em que permite a interligação de máquinas e sistemas produtivos via internet, viabilizando uma gestão remota, centralizada e em tempo real. Também reduz a dependência de infraestrutura física complexa, facilitando escalabilidade e integração com outras plataformas digitais. A funcionalidade de monitorização energética permite identificar picos, desperdícios e padrões de consumo anormais, possibilitando, com base nessas análises, implementar medidas de redução de energia, (como por exemplo interrupção automática de máquinas ociosas, reprogramação de turnos, etc.), detalha. Na opinião do executive chairman da PremaQ a manutenção preventiva evita paragens inesperadas e danos nos equipamentos, prolongando o ciclo de vida útil das máquinas e reduzindo o desperdício de peças, o que resulta em menos matéria-prima desperdiçada. “Com dados precisos de produtividade, as empresas podem otimizar o uso de recursos humanos e materiais, reduzindo emissões associadas ao excesso de produção e logística desnecessária. Ao centralizar informação na cloud e digitalizar relatórios, reduz-se o uso de papel e outros recursos físicos”, conclui. n

Massive. Beautiful. Efficient. IDS-30 Espaços interiores únicos e funcionais - Máxima luminosidade com perfis de vista reduzida de 30 e 40 mm - Possibilidade de aberturas de batente, pivotantes ou de correr - Sistema Quickfit para uma instalação simples e rápida - Gama ilimitada de cores e acabamentos exlabesa.com Solução exclusiva de portas e divisórias de alumínio com um elegante estilo industrial. O sistema de montagem Quickfit, livre de operações complexas, permite aplicar divisórias fixas ou móveis de forma simples, otimizando tempos e custos. Instalação simples sem matriz ou CNC, com o sistema de união Quickfit

18 PERFIL Construmat: uma edição marcada pela mudança sustentável no setor da construção A Construmat 2025 encerrou a sua 24ª edição no passado dia 22, no recinto da Gran Vía da Fira de Barcelona, depois de atrair 22.300 visitantes e de se consolidar como a grande montra da transformação do setor da construção, impulsionada pela sustentabilidade, industrialização e tecnologia. O evento foi muito concorrido com a participação de 368 empresas expositoras, 35% das quais internacionais provenientes de 22 países. Imagem da área de exposição situada no pavilhão 2 da Gran Vía na Fira Barcelona.

19 PERFIL A edição deste ano centrou-se na mudança do modelo de construção, apresentando soluções industrializadas, materiais mais sustentáveis, sistemas de eficiência energética e a digitalização de processos na conceção, fiscalização e gestão de projetos com BIM, tecnologias da Indústria 4.0 e inteligência artificial. De salientar a participação de 40 startups com soluções disruptivas - o dobro do ano passado - em busca de clientes, investidores ou colaboradores. A Construmat deu ainda resposta a um dos maiores desafios sociais de Espanha, o défice habitacional, ao entregar, sob a forma de Decálogo, o plano de medidas essenciais propostas pelo setor da construção ao Governo e à Generalitat de Catalunya, entre outras administrações. O presidente da Construmat e da APCEspaña, Xavier Vilajoana, salientou que o salão “deu um salto importante tanto na oferta comercial como no seu congresso e atividades, marcando o caminho para a consolidação de um modelo de construção mais sustentável, tecnológico e colaborativo”. Vilajoana destacou ainda o consenso setorial alcançado para “tornar visível o papel da construção como motor de mudança para responder ao urgente desafio social do acesso à habitação”. Na mesma linha, o diretor do salão, Roger Bou, destacou a qualidade dos visitantes: “o crescimento significativo da oferta e a sua transversalidade atraíram perfis profissionais altamente qualificados e interessados em resolver desafios específicos de sustentabilidade e eficiência energética”. Bou salienta ainda o aumento do número de visitantes internacionais, que representam agora 13% do total, principalmente de Portugal, Itália, França, Marrocos e Turquia, país convidado desta edição. DEBATE SOBRE OS DESAFIOS SETORIAIS Em complemento à oferta comercial, a Construmat apostou na promoção do debate sobre os grandes desafios do setor, bem como no networking profissional. Ao longo de três dias, realizaram-se 164 atividades, entre conferências, mesas redondas, workshops e masterclasses, com a participação de 212 oradores. Destaca-se o Congresso da Construção Sustentável, cujas sessões se centraram na habitação acessível, na saúde e biohabitabilidade e na irrupção da inteligência artificial na arquitetura e na construção. A falta de mão de obra e a incorporação de talento jovem e feminino no setor foi outro dos grandes temas abordados, tanto em conferências específicas como na Bolsa de Emprego, que ofereceu oportunidades de trabalho em colaboração com a Barcelona Ativa. Foram também atribuídos os Prémios Construmat, comissariados pela Fundação Mies van der Rohe, que distinguiram três obras construídas segundo critérios de arquitetura saudável e sustentável. Trata-se de um empreendimento de habitação social em Ibiza, da autoria de Peris+Toral arquitectes, um hospital pediátrico em Zurique, da autoria de Herzog & de Meuron, e uma antiga quinta convertida em hotel de 5 estrelas numa aldeia de Teruel, da autoria de Edra arquitetura km0. A próxima edição da Construmat terá lugar de 18 a 20 de maio de 2027 no centro de exposições Gran Vía, recuperando a sua periodicidade bienal anterior à pandemia. n O arquiteto David Adjaye foi uma das personalidades que participou no Congresso da Construção Sustentável.

20 PERFIL EVENTOS Velux é o parceiro oficial da Tour de France 2025 Competição decorre entre 5 e 27 de julho. A Velux acaba de anunciar que será parceira oficial da 112ª edição do Tour de France. Segundo a marca a “colaboração com uma das mais prestigiadas competições internacionais de ciclismo vai permitir chegar a milhões de espectadores de todo o mundo e refletir valores como o bem-estar, a sustentabilidade e a valorização das comunidades locais”. Como explica Julien Goupil, diretor de Media e Parcerias da A.S.O, “a escolha dos nossos parceiros baseia-se, antes de mais, numa convergência significativa de valores. É essencial que cada marca partilhe o ADN do Tour de France: um evento popular, exigente e enraizado no território”. Durante a edição de 2025, a Velux irá desenvolver um conjunto de iniciativas em cidades estratégicas ao longo das etapas do Tour de France. Entre as iniciativas destaca-se a presença de uma caravana interativa que funcionará como ponto de encontro com o público, promovendo um momento de reflexão sobre temas como o bem-estar, o conforto interior, a recuperação física e a sustentabilidade na habitação. A Velux aborda a questão da recuperação física e o seu impacto no desempenho dos atletas, estabelecendo uma ligação direta entre o propósito da empresa e a experiência dos participantes da prova. “A qualidade da luz natural, a ventilação e o conforto térmico são fatores essenciais para o bem-estar e o desempenho de um atleta”, afirma a Velux. Como explica o ciclista profissional do Tour de France 2025, Benjamin Thomas, “durante determinados campos de treino pessoal, escolhi alojamentos com um bom isolamento acústico nas janelas, persianas opacas, em vez de cortinas simples que deixam passar a luz, ou quartos com janelas grandes para aproveitar ao máximo a luz natural. Todos estes elementos têm um impacto real na nossa recuperação e, influenciam diretamente o nosso desempenho." A parceria entre a VELUX e o Tour de France pretende promover uma reflexão sobre a modo como vivemos, utilizamos e habitamos os nossos espaços, e de que forma influenciam o bem- -estar. Mais do que uma competição desportiva, o Tour de France é também um momento de convívio, partilha e ligação entre diferentes comunidades e gerações. n C M Y CM MY CY CMY K

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PERFIL 22 REPORTAGEM aluplast PROJETA FUTURO DO SETOR DA JANELA COM ENCONTRO GLOBAL NO PORTO INTERNATIONAL INNOVATION DAYS Durante o evento a multinacional reuniu parceiros de cinco continentes para debater o futuro do setor da janela. A plataforma neo e o programa de reciclagem ap-cycle estiveram no centro das atenções. Susana Marvão Durante a primeira semana de maio, o Porto assumiu-se como palco privilegiado de uma das mais relevantes reuniões internacionais do setor da janela e da construção. A cidade acolheu os International Innovation Days, uma iniciativa promovida pela aluplast que, ao longo dos anos, se tem afirmado como um verdadeiro ponto de encontro global para fabricantes, parceiros tecnológicos e especialistas de toda a cadeia de valor. A edição de 2025 trouxe à cidade invicta dezenas de profissionais oriundos dos cinco continentes, num ambiente que conjugou o debate estratégico com momentos de proximidade e partilha, reforçando o papel de Portugal como anfitrião de eventos industriais de escala internacional. A escolha do Porto, segundo a organização, não foi aleatória. A cidade, com a sua localização atlântica e crescente atratividade no panorama empresarial europeu, surgiu como símbolo de uma Europa dinâmica, aberta à inovação e comprometida com a transformação sustentável da construção. Depois de passagens por geografias tão diversas como México, Índia, África do Sul ou

PERFIL Austrália, a aluplast voltou a apostar no velho continente, reconhecendo a importância crescente da região no contexto dos desafios energéticos e regulamentares que hoje moldam o setor. Mais do que um evento corporativo, os Innovation Days funcionaram como uma plataforma internacional de troca de experiências, onde se cruzaram visões, práticas e estratégias. O encontro dirigiu-se sobretudo a proprietários e diretores dos principais transformadores da marca, mas acolheu igualmente produtores em processo de aproximação à aluplast, bem como diversos outros intervenientes do ecossistema da janela, desde fornecedores de maquinaria a empresas de software e entidades associativas. Foi promovido um espaço de diálogo franco e construtivo, no qual se procurou alinhar expectativas e explorar novas formas de colaboração no sentido da inovação contínua. De acordo com os responsáveis, num mundo cada vez mais interligado, é essencial que todos os parceiros compreendam o mercado de forma abrangente, transnacional e estratégica. O evento teve assim como principal objetivo permitir que os participantes formassem uma imagem mais globalizada do setor, antecipando tendências, identificando oportunidades e, acima de tudo, reforçando a ambição de internacionalização. A aluplast vê este tipo de encontro como uma etapa fundamental para preparar os seus parceiros para os desafios da nova geração de produtos e serviços, onde se cruzam exigências de eficiência energética, digitalização de processos e sustentabilidade ambiental. O mercado ibérico, e especialmente Portugal, enquanto país anfitrião, assumiu um lugar de destaque como eixo prioritário na expansão e consolidação da aluplast no sul da Europa 23 REPORTAGEM

PERFIL 24 REPORTAGEM COCRIAÇÃO COM OS PARCEIROS Ao longo de vários dias, o programa combinou sessões de apresentação, painéis temáticos e momentos de networking informal. Foram partilhados os projetos que a marca tem atualmente em desenvolvimento, bem como as principais apostas para o futuro, com destaque para novas soluções de caixilharia, integração de tecnologias inteligentes e estratégias de digitalização da cadeia de produção e distribuição. Ficou patente o empenho da empresa em manter uma lógica de cocriação com os seus parceiros, valorizando o feedback recebido no terreno e envolvendo os clientes nas decisões estratégicas. A presença de parceiros internacionais de peso deu ao evento uma dimensão ainda mais robusta. Marcaram presença empresas com visão alinhada e forte presença global – como a Continental, Siegenia, Roto, Thorwesten, Schtec, Graf, RA Workshop ou Febatec –, que trouxeram perspetivas distintas, mas complementares, sobre os caminhos futuros do setor. Além disso, participaram representantes do setor da construção e de associações, que contribuíram com visões estruturais sobre os desafios da regulamentação europeia, a evolução da procura e as novas exigências de desempenho térmico e acústico. Apesar da densidade técnica e estratégica dos conteúdos, o ambiente vivido no Porto foi marcado por uma informalidade acolhedora. O reencontro entre antigos parceiros e a descontração que caracterizou muitos dos momentos sociais conferiram ao encontro um carácter quase familiar. Segundo a organização, este é um dos traços distintivos do conceito dos International Innovation Days: promover não apenas uma troca de conhecimento técnico, mas também fortalecer as ligações humanas que sustentam as redes de colaboração a longo prazo. No final, foi evidente que o evento não se limitou a falar de janelas. Abordaram-se modelos de negócio e temáticas como sustentabilidade, desafios logísticos, digitalização e talento. E, acima de tudo, consolidou-se a noção de que só através do trabalho conjunto e da partilha aberta é possível antecipar as mudanças que se avizinham. O Porto serviu de cenário a uma reflexão profunda sobre o presente e o futuro do setor, com a aluplast a posicionar-se como catalisador dessa transformação global. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E ADAPTAÇÃO AO MERCADO LOCAL Assim, e perfeitamente integrado no espírito do encontro realizado no Porto, o posicionamento da aluplast ficou ainda mais claro ao longo das diversas sessões e apresentações que compuseram os International Innovation Days. A multinacional alemã, com sede em Karlsruhe, demonstrou um alinhamento estratégico preciso entre inovação tecnológica, adaptação ao mercado local e uma visão profundamente humanizada da sua presença internacional. Nesse contexto, o mercado ibérico, e especialmente Portugal, Dirk Seitz, presidente do grupo aluplast

PERFIL 25 REPORTAGEM enquanto país anfitrião, assumiu um lugar de destaque, não apenas como destino do evento, mas como eixo prioritário na expansão e consolidação da empresa no sul da Europa. De acordo com Dirk Seitz, presidente do grupo aluplast, “o mercado ibérico, e em particular Espanha e Portugal, tem para nós uma importância estratégica muito especial”. Essa importância já se refletia desde o início da década de 1990, com a fundação da filial em Girona, e intensificou-se nos últimos anos. “A dinâmica e o enorme potencial do mercado impressionam-me uma e outra vez”, afirmou. O dinamismo do mercado, a procura crescente por soluções eficientes e sustentáveis, e a abertura à inovação foram apontados como fatores-chave para este compromisso. A empresa, que mantém uma relação próxima com os seus parceiros locais, reforçou o seu interesse em novas colaborações e continuou a valorizar, nas palavras de Dirk Seitz, “as relações pessoais e a presença local”, que considera “um fator-chave de sucesso”. AS APOSTAS MAIS RECENTES Mas a presença em Portugal não se fez apenas de gestos simbólicos. O evento serviu também para apresentar a mais recente aposta tecnológica da marca: a plataforma neo, que traduz uma nova geração de sistemas de janelas e portas desenhada com base em versatilidade, eficiência e sustentabilidade. Esta solução modular, que permite realizar mais de 130 variantes de janelas com um número reduzido de perfis base, foi destacada como um marco na estratégia de produto da empresa. Segundo Dirk Seitz, “com a plataforma neo combinamos design moderno, sustentabilidade, flexibilidade e os mais altos padrões técnicos”. Entre as vantagens apresentadas, destacou-se o design moderno e estilizado dos perfis, capaz de proporcionar até 20% mais luz natural no interior dos espaços; a compatibilidade entre soluções e a modularidade do sistema; e a integração de tecnologias avançadas como o powerdur (reforço com fibra de vidro), o foam inside (isolamento térmico reforçado) e o safetec inside (junta central rígida adicional), que garantem elevados padrões de segurança, conforto e desempenho energético. A sustentabilidade, uma das palavras mais ouvidas ao longo dos Innovation Days, assumiu especial protagonismo nesta solução: a eliminação de reforços em aço permitiu reduzir a pegada de carbono em até 15%, todos os perfis são recicláveis e a produção pode incorporar materiais reciclados, sem comprometer a qualidade ou durabilidade do produto final. Outros destaques incluíram o lançamento de superfícies de acabamento exclusivas, como o woodec (com aspeto de madeira) e o aludec (com aspeto de alumínio), assim como o sistema neo view, uma janela de folha oculta quase sem moldura visível, que maximiza a entrada de luz e segue as tendências contemporâneas da arquitetura minimalista. EVOLUÇÃO DO SISTEMA COMERCIAL Paralelamente à estratégia de produto, a aluplast apresentou a evolução do seu modelo comercial, centrado agora numa maior proximidade aos mercados locais. A empresa reforçou, em várias regiões da Península Ibérica, a sua rede de distribuição através de parcerias estratégicas com agentes regionais, procurando ganhar quota de mercado através da combinação entre inovação técnica e uma abordagem comercial personalizada. “Desenvolvemos especificamente a nossa estratégia de vendas nos últimos meses”, afirmou Dirk Seitz. “O nosso objetivo é ganhar quota de mercado adicional com produtos inovadores e conceitos à medida”. Foi reforçada ainda a aposta no capital humano: mais do que tecnologia, a empresa acredita que são as pessoas, nomeadamente os colaboradores, parceiros e clientes, que fazem a diferença. “Não só investimos no desenvolvimento dos nossos produtos, mas sobretudo nos nossos colaboradores, que consideramos essenciais para o sucesso da empresa”, destacou o presidente da aluplast. Este duplo eixo, centrado na inovação técnica e valorização humana, atravessou todo o evento e ficou patente no tom das conversas, na partilha entre participantes e nas múltiplas referências ao futuro do setor. Ao longo dos International Innovation Days, realizados no Porto, tornou-se evidente que a aluplast não está apenas a desenvolver soluções para o presente da indústria da construção, mas a traçar, de forma determinada, as linhas do seu futuro. A visão partilhada à Novoperfil por Dirk

PERFIL 26 REPORTAGEM Seitz apontou para um compromisso profundo com a sustentabilidade, que não se limita à inovação de produto, mas atravessa toda a estrutura organizacional, os processos industriais e a estratégia de longo prazo da marca. A construção de um setor mais responsável, eficiente e alinhado com os princípios da economia circular surgiu como um dos grandes temas do encontro e norteou muitas das apresentações e discussões. Segundo o responsável, “as nossas expectativas e esperanças centram-se claramente em tornar o setor da construção mais responsável e eficiente”. E reforçou: “Queremos impulsionar processos e produtos que poupem recursos em todo o setor e, assim, contribuir verdadeiramente para a sustentabilidade da construção”. O RESPEITO PELO AMBIENTE Segundo os dados revelados, o PVC reciclado pode ser reutilizado até sete vezes sem perda de qualidade, estabilidade ou resistência à intempérie. Graças a este processo, os perfis de janela da aluplast já contêm, em média, cerca de 30% de material reciclado, e estima-se que 88% das janelas de PVC usadas estejam hoje a ser efetivamente recicladas. Em termos ambientais, este esforço traduz-se numa redução de até 93% nas emissões de CO2 por tonelada de material produzido, em comparação com a utilização de PVC virgem. A estratégia da empresa inclui ainda o uso exclusivo de estabilizadores à base de cálcio-zinco, eliminando totalmente o chumbo da cadeia produtiva, uma medida que protege o ambiente e garante a segurança para a saúde humana. A produção encontra-se certificada pela norma ISO 50001, referente à gestão energética, e é complementada por uma abordagem ativa na participação em associações e iniciativas ligadas à sustentabilidade e à circularidade. Ainda na fase de conceção dos produtos, são incorporados critérios que garantem a total reciclabilidade dos materiais utilizados, facilitando a sua separação e reaproveitamento futuro. “A sustentabilidade na aluplast é muito mais do que uma palavra da moda”, afirmou Dirk Seitz. “Está há muitos anos firmemente ancorada na nossa filosofia empresarial e orienta realmente todas as nossas ações – desde o desenvolvimento de produto até à produção e ao reaproveitamento”. Foi com base nesta convicção que nasceu o programa ap-cycle, descrito como “um ciclo fechado de materiais que poupa recursos e protege o ambiente”. Dirk Seitz explicou que o PVC é transformado em granulado puro e reutilizado na produção de novos perfis, permitindo reaproveitar até sete vezes o mesmo material “sem qualquer perda de qualidade, estabilidade ou resistência às intempéries”. Com este conjunto de ações a aluplast procurou não apenas partilhar boas práticas durante os Innovation Days, mas também inspirar os seus parceiros e clientes a assumirem, em conjunto, a responsabilidade pelo futuro do setor. “Espero que, com o nosso compromisso possamos motivar ainda mais os nossos parceiros e clientes para, juntos, construirmos um futuro mais sustentável”, concluiu o fundador. Esta visão, transversal ao discurso técnico, comercial e institucional da empresa, reforçou a ideia de que a inovação não se faz apenas com tecnologia, mas com propósito. E foi esse o tom que imperou no Porto: uma indústria em transição, ancorada em valores sólidos, e pronta para avançar com passos firmes rumo a um novo paradigma, mais eficiente, mais consciente e mais próximo das pessoas. n

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OPINIÃO | JANELAS SUSTENTÁVEIS 28 PERFIL Janelas sustentáveis como pilar da reabilitação energética A substituição de janelas ineficientes por soluções com elevado desempenho térmico traduz-se numa melhoria significativa da eficiência energética e do conforto térmico e acústico dos edifícios. Para além disso, trata-se de uma das intervenções mais fáceis e rápidas de executar no contexto de reabilitação urbana, sendo muitas vezes o primeiro passo para a renovação energética do edificado. António Batalha, gestor de equipa na Área de Inovação – Energia, na Direção de Sustentabilidade e Mobilidade na ADENE A transição energética nos edifícios passa cada vez mais pelas soluções aplicadas na envolvente, sendo as janelas um dos elementos com maior potencial de melhoria e inovação. Em Portugal, o parque edificado apresenta fragilidades significativas ao nível do desempenho térmico, acústico e da resiliência às alterações climáticas. Segundo dados do INE e da PORDATA, mais de 70% dos edifícios em Portugal foram construídos antes de 1990 e do estabelecimento dos primeiros requisitos legais relativos ao desempenho térmico. Este dado revela o enorme potencial de reabilitação e a importância de se introduzirem soluções eficientes e sustentáveis. É neste contexto que o CLASSE+, sistema voluntário de etiquetagem energética de janelas da ADENE, tem vindo a desempenhar um papel transformador. A etiqueta energética CLASSE+ permite distinguir janelas com melhor desempenho, promovendo a transparência do mercado e incentivando a escolha informada por parte dos consumidores. Desde o seu lançamento, o CLASSE+ já permitiu a etiquetagem de mais de 700.000 janelas, tendo contribuído para a dinamização da inovação no setor e incentivado os fabricantes a desenvolverem soluções com maior eficiência térmica e acústica e durabilidade. A RELEVÂNCIA DAS JANELAS NO DESEMPENHO ENERGÉTICO As janelas representam tradicionalmente um dos pontos mais vulneráveis da envolvente dos edifícios no que diz respeito à perda e ganho de calor, sendo responsáveis por até 30% das perdas energéticas num edifício. Em Portugal, com um parque edificado envelhecido, esta realidade torna-se ainda mais crítica. A substituição de janelas ineficientes por soluções com elevado desempenho ABRINDO CAMINHO PARA O FUTURO

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OPINIÃO | JANELAS SUSTENTÁVEIS 30 PERFIL térmico traduz-se numa melhoria significativa da eficiência energética e do conforto térmico e acústico dos edifícios. Para além disso, trata-se de uma das intervenções mais fáceis e rápidas de executar no contexto de reabilitação urbana, sendo muitas vezes o primeiro passo para a renovação energética do edificado. O ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR E NORMATIVO A evolução da regulamentação europeia e nacional tem vindo a impor metas mais ambiciosas no que respeita ao desempenho energético dos edifícios. A Diretiva Europeia relativa ao desempenho energético dos edifícios (EPBD), na sua mais recente revisão de 2024, estabelece que os edifícios novos sejam, obrigatoriamente, de zero emissões (ZEB - Zero Emission Buildings) a partir de 2030, e impõe objetivos claros para a renovação do parque edificado existente. Neste contexto, as janelas evoluem de meros elementos passivos para componentes ativos na gestão da energia, da luz natural e da ventilação. As normas europeias definem os requisitos de desempenho para janelas e portas exteriores, incluindo fatores como transmissão térmica (Uw), fator solar (g), permeabilidade ao ar e isolamento acústico. O cumprimento destes requisitos é essencial para garantir que os produtos disponíveis no mercado estão em conformidade com os objetivos climáticos e energéticos. CAMINHO PARA A REABILITAÇÃO EFICIENTE As janelas representam uma solução de reabilitação pouco intrusiva, com elevado impacto no desempenho global do edifício. A sua substituição permite reduzir perdas térmicas, melhorar significativamente o conforto térmico e acústico e reduzir consumos energéticos, sobretudo em edifícios com sistemas de climatização. Os dados do CLASSE+ demonstram que as janelas com classe A+ podem reduzir em cerca de 45% as perdas de energia térmica face a janelas com fraco desempenho. Por isso, é essencial integrar o CLASSE+ nos processos de decisão de reabilitação, seja em candidaturas a financiamento, em projetos de arquitetura ou em obras de melhoria promovidas por condomínios ou particulares. A etiqueta energética facilita a comparação entre soluções, permite comprovar os ganhos energéticos e valoriza os imóveis. JANELAS SUSTENTÁVEIS PARA UM FUTURO CLIMÁTICO MAIS INCERTO Num cenário de alterações climáticas as janelas devem evoluir para garantir maior resistência a fenómenos extremos e maior capacidade de adaptação. Isso inclui o reforço da durabilidade dos materiais, a integração de tecnologias de controlo solar dinâmico, vidros inteligentes, ventilação natural controlada e soluções que favoreçam o conforto adaptativo. A sustentabilidade das janelas também passa pela sua reciclabilidade, pela menor utilização de materiais com elevado impacto ambiental e pela adoção de processos de fabrico com menor consumo energético. Estas dimensões vão ganhando relevo no setor e deverão tendencialmente ser incorporadas nos critérios de etiquetagem, classificação e seleção de produtos, aspeto a que o CLASSE+ não será alheio em futuras evoluções. O CLASSE+ COMO REFERÊNCIA NOS PROGRAMAS DE APOIO À REABILITAÇÃO ENERGÉTICA O sistema de etiquetagem energética CLASSE+ tem sido também uma ferramenta de suporte técnico relevante na operacionalização dos apoios públicos, como o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAESM) e o Programa Vale Eficiência (PVE). Estes programas têm incentivado intervenções de melhoria do desempenho energético no parque edificado nacional, sendo a substituição de janelas ineficientes uma das tipologias de investimento mais procuradas. Até maio de 2025, no âmbito destas iniciativas, foram submetidas 25.976 candidaturas para a substituição de janelas, correspondendo a uma área total intervencionada de 236.889 m2. Destas, 21.289 candidaturas dizem respeito a janelas com classe energética A+ (215.399 m2), enquanto 4.687 candidaturas foram referentes a janelas com classe A (21.490 m2). Foram apoiadas cerca de 118.010 janelas, das quais 103.949 com classe A+ e 14.061 com classe A. Em termos de materiais, a maioria das janelas instaladas com classe A+ é em PVC (91.172 unidades), seguindo-se as de alumínio com corte térmico (12.687) e, em menor número, as de madeira ou outros materiais (90). Estes dados do CLASSE+ demonstram a confiança dos cidadãos na etiqueta CLASSE+ como referência de qualidade e eficiência, bem como a relevância do sistema na concretização dos objetivos nacionais de descarbonização e sustentabilidade do setor dos edifícios. CLASSE+: um ecossistema de confiança e inovação O CLASSE+ não é apenas uma ferramenta de etiquetagem, mas um verdadeiro ecossistema de confiança e inovação. Trabalha em articulação com fabricantes, instaladores, projetistas e entidades públicas para incentivar um mercado mais qualificado e transparente. A adesão voluntária das empresas, que já ultrapassam as 700 entidades registadas, demonstra a crescente valorização da diferenciação e do compromisso com a qualidade.

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